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SurtoLista - Catorze chances de medalha para o Brasil na Paralimpíada de Tóquio


Já estamos a menos de um ano dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, e o Surto Olímpico fez um apanhado das principais chances de medalhas do Brasil, seguindo o padrão do countdown de um ano para os Jogos Olímpicos, no SurtoLista dessa semana.

É sempre bom lembrar que a lista não é em ordem de "esperanças" de que dado atleta/seleção vai pegar o ouro/prata/bronze, mas vamos nos baseando nos resultados do ciclo paralímpico 2017-2019, além das nossas expectativas subjetivas.

Claro que em um ano tudo pode acontecer, e o que hoje é considerado esperança pode cair de rendimento e acontecer algo inesperado (lesões, punições, etc), bem com um atleta/seleção que nem foi citado pode chegar em Tóquio e subir no pódio ou até mesmo conquistar o ouro.

Ao contrário da lista olímpica, não fechamos um top 10, e sim um top 14, sem menções honrosas e ainda deixamos inúmeros nomes de fora, porque o Brasil é potência paralímpica, sempre bom lembrar. Alguns atletas que você, caro leitor, considera favorito pode estar de fora, mas lista é isso, é feita para se discordar e debater (com educação, claro). Sem mais delongas, vamos iniciá-la:


Daniel Dias, Natação
 
Foto: Ale Cabral/MPIX/CPB
Não dá pra começar com outro nome do que o do nadador dono da incrível coleção de 24 medalhas paralímpicas na carreira, um número absurdo. Mesmo não estando mais em seu auge e com todas as polêmicas envolvendo reclassificações na sua categoria S5, Daniel pode não figurar no pódio em todas as provas que participar - nem deverá disputar uma quantidade absurda de provas como as nove da Rio 2016 -, mas, ainda sim, aumentará sua coleção em Tóquio. Agora, fica a expectativa se essa será a última Paralimpíada da carreira, já que terá 34 anos no ano que vem. Esperamos que não.


Petrúcio Ferreira, Atletismo

Foto: Ale Cabral/MPIX/CPB
O paralímpico mais rápido do mundo é brasileiro. O velocista Petrúcio Ferreira, que surpreendeu o mundo na Rio 2016 vai para Tóquio credenciado com o tempo de 10s42 nos 100m na categoria para amputados abaixo do cotovelo (T47) como um grande favorito não só nos 100m mas como nos 400m. Se chegar saudável aos Jogos, sem lesões, é bem possível que seu principal adversário na Paralimpíada seja o relógio. 


Alana Maldonado, Judô

Foto: Ale Cabral/MPIX/CPB

Após o título mundial inédito, Alana Maldonado irá em busca do ouro paralímpico, que lhe escapou em 2016. Após um ciclo dominante na sua categoria até 70 kg, a judoca alia juventude e experiência para conseguir o que nenhuma judoca brasileira conseguiu até agora: o ouro paralímpico. Ela, que foi diagnosticada com a doença de Stargardt - que causa a perda progressiva de visão aos 14 anos -, tem tudo para cumprir a meta e conquistar a inédita medalha.


Elizabeth Gomes, Atletismo

Foto: Ale Cabral/MPIX/CPB
Muito forte nas provas de campo do atletismo, o atletismo paralímpico brasileiro tem em Elizabeth Gomes a sua maior expoente. Ela foi eleita melhor atleta paralímpica de 2019, tendo sido campeã mundial e parapan-americana no lançamento de disco, com direito a recorde mundial na categoria F52 (para atletas que competem em cadeira de rodas).

Diagnosticada com esclerose múltipla em 1993, Beth demorou a aceitar o seu diagnóstico, e a cadeira de rodas, começando no atletismo relativamente tarde. Aos 55 anos, ela se encontra no auge e é grande favorita nas provas de campo da sua categoria, principalmente no lançamento de disco.


Futebol de 5

Foto: Washington Alves/MPIX/CPB
A seleção brasileira de futebol de 5 pode ser definida por uma palavra: hegemônica. Desde a estreia da modalidade nos Jogos Paralímpicos, em Atenas 2004, o Brasil fica sempre com a medalha de ouro. E em Tóquio, vai buscar o penta e o maior adversário de Ricardinho, Jefinho e companhia será a Argentina, que foi a última seleção a derrotar o Brasil, em 2006. A expectativa é que seja um jogo muito difícil, mas esperamos que o desfecho confronto seja o mesmo das últimas quatro edições paralímpicas.


Débora Menezes, Parataekwondo

Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB
Uma das favoritas de um dos esporte estreantes em Tóquio, o parataekwondo, é Débora Menezes, da classe K44, para amputados de braço ou antebraço. Já classificada para Tóquio, por ter terminado em segundo lugar no ranking mundial da categoria acima de 58kg em 2019, Débora carrega o favoritismo por ter sido campeã mundial no ano passado, feito inédito para o parataekwondo brasileiro e ainda foi prata nos Jogos Parapan-Americanos.


Goalball masculino

É grande a chance do Brasil sair com medalha nos dois naipes do goalball em Tóquio. No masculino, somos bicampeões mundiais (2014 e 2018) e temos um dos melhores jogadores do mundo, Leomon Moreno. O bronze dos homens na Rio 2016 acabou sendo surpreendente, mas a equipe está melhor nesse ciclo e deve marcar presença na final em Tóquio.


Cátia Oliveira e Bruna Alexandre, Tênis de mesa

Foto: Douglas Magno/MPIX/CPB
O tênis de mesa paralímpico tem mostrado grande força no ciclo paralímpico de Tóquio, e dentre tantos nomes podemos destacar dois que deverão figurar no pódio em 2021. Cátia Oliveira é uma delas. Medalha de prata no último Mundial, em 2018, e quarta colocada no ranking mundial na sua classe, a atleta de 30 anos será um dos nomes mais fortes da delegação brasileira da modalidade.

Foto: Ale Cabral/MPIX/CPB
Bruna Alexandre também é a quarta colocada em sua categoria - F10 - e quer disputar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, inspirada pela número 1 do mundo nessa categoria - Natalia Partyka (POL), que atingiu o feito em 2008 e 2012. Para a Paralimpíada, está quase garantida, enquanto para a Olimpíada terá que superar Caroline Kumahara ou Jessica Yamada para integrar a equipe feminina do tênis de mesa.


Maciel Santos, Bocha


Foto: Daniel Zappe/MPIX/CPB
Um dos nomes mais experientes da bocha brasileira, o campeão paralímpico da categoria BC2 em Londres 2012, Maciel Santos, já garantiu vaga para Tóquio com o título pan-americano da categoria e vai lutar pelo bi. Menção honrosa para Evelyn Dos Santos e Eliseu dos Santos na BC3 e BC4 que podem surpreender no individual ou na competição de equipes.


Maria Carolina Santiago, Natação

Foto: Ale Cabral/MPIX/CPB
Uma das revelações da natação paralímpica nesse ciclo foi Maria Carolina Santiago. A nadadora de 35 anos nadou quase a carreira toda na natação convencional, mesmo com a síndrome de morning glory (alteração congênita que reduz seu campo de visão) e foi para a classe S12 paralímpica apenas em 2018.

Um ano mais tarde, faturou quatro ouros nos Jogos Parapan-Americanos de Lima e dois ouros e uma prata no Mundial. Agora, deixando a condição de novata para a de favorita, tem tudo para brilhar em Tóquio e faturar um bom número de medalhas.

Wendell Belarmino, Natação

Foto: Ale Cabral/MPIX/CPB
Wendell Belarmino foi a outra grande revelação da natação paralímpica do Brasil. Com 22 anos, o nadador da classe S11 (atletas com baixa ou nenhuma visão) fez um grande 2019, conquistando seis medalhas no Parapan de Lima e mais 3 no Mundial, uma de cada metal - bronze , prata e ouro. Em Tóquio, Wendell vai pintar como um dos favoritos ao pódio nas provas rápidas do nado livre, sua especialidade, e quem sabe, surpreender no nado borboleta e/ou medley.

Luis Carlos Cardoso, Paracanoagem

Foto: Reprodução
A paracanoagem brasileira tem nomes fortes e foi difícil apontar um destaque aqui. Afinal, Caio Ribeiro é um canoísta mais versátil e pode pegar até três medalhas na categoria VL3, mas destacamos  Luis Carlos Cardoso, que tem mais chances de faturar um ouro na modalidade. Ele, campeão mundial no ano passado, foi quarto lugar na Rio 2016, evoluiu muito nesse ciclo e deve ser um dos nomes a ser batidos no KL1 200m.

Lauro Chaman, Ciclismo


Foto: Saulo Cruz/MPIX/CPB
Lauro Chaman é um ciclista que primeiro brilhou no ciclismo estrada, conquistando duas medalhas na Rio 2016 e depois, começou a ter bons resultados no ciclismo pista, com direito a título mundial. Sua versatilidade na classe C4-C5 poderá deixar o ciclista com mais medalhas em Tóquio, sejam elas conquistadas dentro do velódromo ou nas estradas japonesas.

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