O Japão e, principalmente sua capital, Tóquio, vivem uma explosão de casos de coronavírus. Nesta sexta-feira (31), as duas localidades registraram os maiores números de infecções diárias pelo vírus: o país confirmou 1.578 novos casos, enquanto a cidade-sede dos Jogos Olímpicos atingiu a marca dos 463.
Foi o terceiro dia seguido em que o Japão bateu seu recorde de infecções. Na última quinta-feira, foram confirmados 1.305 casos, mais de duzentos a menos que esta sexta. Agora, o país possui 36.600 casos acumulados desde fevereiro.
Tóquio, por sua vez, quebrou seu recorde de casos pelo segundo dia consecutivo, tendo verificado 368 no dia anterior. Também foi a quinta vez que a prefeitura bateu esse recorde diário em julho. Agora, possui mais de 12 mil confirmados, sendo que mais da metade destes foram registrados neste mês.
Para tentar conter a expansão do vírus, a governadora de Tóquio, Yuriko Koike, disse que está planejando reduzir o horário de funcionamento de empresas e comércios. Ela já solicitou o fechamento precoce de bares e karaokês a partir de segunda-feira, já que os estabelecimentos "noturnos" foram considerados os principais propulsores da segunda onda de infecções por lá.
Ela também solicitou aos moradores que não aliviem as medidas preventivas durante o verão, onde a tendência é as pessoas saírem mais às ruas. "Se a situação piorar, teremos que declarar um estado de emergência apenas em Tóquio", disse Koike, em coletiva nesta sexta-feira, de acordo com a agência Kyodo News.
Vale lembrar que o Japão não está em um estado de emergência. O país esteve com um decreto do tipo em vigor durante sete semanas entre abril e maio e conseguiu estabilizar a pandemia em seu território. Nas últimas semanas, a situação tem fugido do controle e muitas áreas da sociedade já pedem um novo estado de emergência para retomar o controle.
Apesar do aumento da disseminação, o secretário-chefe do Gabinete, Yoshihide Suga, observou que o número de casos graves registrados na segunda onda é bem menor que os reportados durante a primeira, verificada entre abril e maio. Segundo ele, à época cerca de 105 sofreram com a forma aguda da doença, enquanto agora esse número é de 16.
Os altos números preocupam principalmente os organizadores dos Jogos Olímpicos, já que Tóquio deve receber o megaevento em menos de um ano. Koike afirmou, em entrevista esta semana, que conter a disseminação do vírus dentro da cidade é o passo número um para celebrar a Olimpíada de forma segura.
Foto: Reuters
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