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Profissionais do Laboratório Olímpico do COB se dedicaram à produção científica durante o home office


Durante o período de home office, que teve início em 18 de março, os profissionais do Laboratório Olímpico do COB se dedicaram à produção de conhecimento resultante das avaliações realizadas com os atletas olímpicos. Seguindo o planejamento e protocolos de segurança para o retorno ao trabalho presencial, os pesquisadores retornarão ao Centro de Treinamento do Time Brasil na primeira fase do planejamento, a partir do dia 20 de julho. 

Eles destacaram que trabalhos científicos feitos durante a quarentena contaram com a colaboração de pesquisadores internacionais renomados em suas áreas de atuação, como os professores Grégoire Millet (Universidade de Lausanne), Lee Taylor (Universidade de Loughborough), além de Juan Alcántara e Jonatan Ruiz (Universidade de Granada). Cerca de 300 atletas, de 23 modalidades, serviram como base para os estudos.

"A equipe do laboratório está empenhada na produção de artigos que serão submetidos à apreciação de periódicos científicos de diferentes áreas das Ciências do Esporte com fins de publicação. É um legado intelectual que o COB, por meio do Laboratório Olímpico, irá deixar para o esporte nacional", disse Jacqueline Godoy, gerente do Laboratório Olímpico.

Os temas dos artigos vão desde a busca por testes que auxiliem no fornecimento de informações mais específicas para treinadores, ajudando-os nas tomadas de decisões, até o entendimento dos efeitos da paralisação dos treinos devido à pandemia do novo coronavírus. Neste momento nove estudos estão em diferentes etapas. Dentre os trabalhos que se encontram mais avançados, destaca-se uma revisão da literatura em relação aos efeitos da paralisação das atividades sobre o esporte olímpico, abordando as principais preocupações dos agentes do esporte no cenário atual.

Outro estudo propõe um novo teste cardiopulmonar específico para atletas de caratê que fornece ao treinador indicadores que poderão ser utilizados para prescrição de treino de forma mais precisa. Um terceiro trabalho testou a utilização da técnica de Dried Blood Spot, ou amostragem de sangue seco, em atletas para análise de creatina e creatinina, visando coletar material biológico de diversos atletas em pouco tempo e analisá-los posteriormente, o que permite a avaliação dos componentes destas amostras em campo.

A investigação do método mais apropriado para análise da taxa metabólica em repouso para atletas de alto rendimento é alvo de outro estudo que busca, além de identificar o método mais adequado, compreender qual é o tempo mínimo ideal para o exame, o que impacta diretamente na otimização da agenda do laboratório. Ainda, a partir da equipe de Boxe ao laboratório, está em andamento um estudo de caracterização antropométrica, fisiológica e bioquímica de lutadores de boxe, bem como a identificação das respostas fisiológicas a uma simulação de combate, o que conferirá aos treinadores da modalidade um balizamento tanto para identificação de potenciais talentos, como para marcos de performance na modalidade.

Já em estágio intermediário de desenvolvimento, encontra-se um estudo que irá identificar o perfil de testes de salto em atletas de elite de diversas modalidades. Os resultados deste estudo poderão ajudar as modalidades em que as características de produção de força de membros inferiores sejam fundamentais. Outro trabalho está sendo conduzido para aprimorar uma ferramenta de análise de desempenho especifica para o taekwondo, observando critérios de desempenho não levados em consideração em ferramentas anteriores.

Em etapa mais recente de andamento encontra-se um estudo que visa compreender a relação entre a regulação emocional e as respostas do sistema nervoso autonômico, com potencial para o entendimento das potenciais associações entre os estados emocionais e algumas mensurações fisiológicas. 

Por fim, está em fase de implementação um projeto para a investigação das respostas agudas e crônicas da prática esportiva sob estresse de calor. Esta proposta visa responder questões que envolvam as melhores práticas para a ambientação a este tipo de estresse térmico, visando minimizar prejuízo no desempenho esportivo e prevenir os efeitos negativos na saúde dos atletas.

"Diante desses estudos, o Laboratório Olímpico está empenhado na elaboração de artigos com dados de atletas olímpicos que permitirão melhorar a avaliação e o treinamento, estabelecendo valores de referência a serem utilizados por esta e por outras gerações de agentes do esporte nacional", finalizou Jacqueline.

Foto: Alexandre Castelo Branco/COB

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