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Guia Tóquio 2020 - Canoagem Velocidade


FICHA TÉCNICA

Local de disputa: Sea Forest Waterway

Data: 02/08 a 07/08

Número de países participantes: 59

Número de atletas participantes: 331

Brasil: Isaquias Queiroz, Jacky Godmann e Vagner Souta


HISTÓRICO

A canoagem velocidade fez a sua primeira aparição olímpica em Paris 1924 como esporte de demonstração, em que atletas do Canadá e dos Estados Unidos apresentaram a modalidade a pedido do Comitê Olímpico Francês. Na ocasião, apenas provas de velocidade participaram da demonstração. 

Apenas doze anos depois, em Berlim 1936, o esporte entrou em definitivo, mas com nove provas e todas masculinas. Apenas em Londres 1948 as mulheres puderam disputar a modalidade, mas apenas em um evento (K1-500m). Através dos anos, o número de provas femininas foi crescendo e em Tóquio 2020 haverá equidade total entre os dois gêneros: seis provas para homens e seis para mulheres.


Historicamente, a Alemanha lidera o quadro de medalhas da modalidade, com 30 ouros, 19 pratas e 13 bronzes. Três delas foram conquistadas por Sebastian Brendel, um dos grandes atletas de todos os tempos e principal rival de Isaquias Queiroz em diversos eventos.

Sebastian Brendel tem três ouros olímpicos e 12 títulos em Campeonatos Mundiais (Foto: ICF/Reprodução)


BRASIL

A canoagem começou sua história na cidade chamada Estrela, localizada no Rio Grande do Sul Estado, no Brasil em 1943, trazido pelo alemão José Wingen. Ele projetou e construiu o primeiro caiaque na região e se inspirou em seu próprio caiaque que ele usava na Alemanha quando criança. Este fato marca o nascimento da Canoagem no Brasil.

O esporte começou outra fase de desenvolvimento em 1984, com a chegada dos primeiros barcos oficiais de Canoagem Velocidade. No mesmo ano, a lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, recebeu a primeira competição oficial de Canoagem Velocidade. Em 1985, surgiu a Associação Brasileira de Canoagem, e após quatro anos se tornou a Confederação Brasileira de Canoagem.

A canoagem brasileira teve que esperar até 1992 para atingir o nível olímpico, carimbando o passaporte para Barcelona 92. Os atletas qualificados para este evento foram Sebastian Cuattrin, Alvaro Koslowski e Jefferson Lacerda. Nos Jogos Olímpicos de Atlanta 1996, foi a vez da melhor participação numa final olímpica até os dias atuais com Sebastian Cuattrin obtendo o 8º lugar no K1. Nos Jogos de Sydney 2000, foram convocados a participar os atletas Roger Caumo, Carlos Augusto Campos e Sebastian Cuattrin. 

Em Athena 2004, Sebastian Cuattrin e Sebastian Szubski honraram as cores da Seleção Brasileira. Em Pequim 2008, um novo grande evento acontece pela Seleção Brasileira, Brazil estréia em eventos na canoa com o atleta Nivalter Santos. Os Jogos Olímpicos de Londres 2012 teve como concorrentes, representando o Brasil, Ronilson de Oliveira e Erlon de Souza. Em 2016, Isaquias Queiroz faturou duas pratas (C2-1000) ao lado de Erlon, e no C1-1000m, e um bronze, no C1-200m.

Fonte: Canoagem Brasileira


FORMATO DE DISPUTA

Na canoagem velocidade, existem as provas de canoa (letra C), em que os atletas remam ajoelhados com a pá em apenas uma das extremidades; e as de caiaque (letra K), na qual os esportistas remam sentados, com pás nas duas extremidades do remo. A denominação de cada prova une o prefixo do barco, o número de tripulantes e a distância: por exemplo, o K-1 200m consiste em uma prova de caiaque com um remador no barco em uma distância de 200 metros.

As doze provas (seis no masculino e seis no feminino) são divididas em eliminatórias, semifinal e final, sendo que tem a final A, em que são distribuídas as medalhas, e a final B, em que os demais atletas eliminados no evento competem. 


ANÁLISES

MASCULINO

C1-1000m

Favoritos ao ouro: Sebastian Brendel (GER) e Isaquias Queiroz (BRA);

Candidatas a medalha: Jose Ramon Cordova (CUB) e Wiktor Glazunow (POL);

Podem surpreender: Adrien Bart (POL) e Martin Fuksa (CZE)

Brasil: Isaquias Queiroz


O confronto de 2016 voltará a ocorrer em Tóquio. Brendel vs Isaquias. Em 2019 o brasileiro foi campeão mundial, enquanto Brendel ficou em quarto. Jose Ramor, Glazunow, que foram medalhistas na última etapa da Copa do Mundo. Fuksa que é campeão europeu, e Adrien Bart (FRA), bronze no mundial de 2019 correm por fora.


C2-1000m

Favoritos ao ouro: Alemanha, Brasil

Candidatas a medalha: China, Cuba

Podem surpreender

Brasileiros: Tem


Isaquias Queiroz entra em cena novamente, desta vez com Jacky Goddmann com a cirurgia de Erlon Souza. O brasileiro busca o inédito ouro, mas deve ficar de olho na Alemanha, que provavelmente terá Sebastian Brendel. A China (campeã mundial em 2019) e Cuba (prata em 2019) podem surpreender e beliscar uma vitória.


K1-200m

Favoritos ao ouro: Strahinja Stefankovic (SRB)/Liam Heath (GBR)

Candidatas a medalha: Maxime Beaumont (FRA)/Manfredi Rizza (ITA)/Sandor Totka (HUN)

Podem surpreender

Brasileiros: Não


O duelo entre os dois primeiros colocados do mundial de 2019, Stefankovic e Heath, vai esquentar as águas de Tóquio. Beaumont e Rizza podem surpreender e buscar uma medalha no Japão. Totka, que é campeão europeu, corre por fora.


K1-1000m

Favoritos ao ouro: Balint Kopasz (HUN)/ Fernando Pimenta (POR)

Candidatas a medalha: Josef Dostal (CZE)/Maxim Spesivsev (ROC)

Podem surpreender

Brasileiros: Tem


Campeão europeu e mundial, Kopasz é o principal favorito a medalha de ouro no Japão, mas o português Pimenta pode surpreender. Prata no mundial de 2019, Dostal (prata no mundial de 2019) e Spesivsev, quinto no mundial, podem surpreender.


Vagner Souta se classificou por causa de realocações de vaga, mas não deve ir longe na competição olímpica. Passando das eliminatórias já é lucro.



K2-1000m

Favoritos ao ouro: Alemanha

Candidatas a medalha: Espanha/Comitê Olímpico Russo

Podem surpreender

Brasileiros: Não


Campeã europeia e mundial, a Alemanha é a favorita pra levar o ouro. Espanha e Comitê Olímpico Russo~, pódio no mundial de 2019, vão tentar repetir o feito.


K4-500m

Favoritos ao ouro: Alemanha/Espanha

Candidatas a medalha: Eslováquia/Comitê Olímpico Russo

Podem surpreender

Brasileiros: Não


A Alemanha, que detém os títulos mundial e europeu, vem como favorita para o ouro, mas encara uma Espanha que pode causar problemas. Comitê Olímpico Russo e Eslováquia vão tentar beliscar medalhas


Feminino



C1-200m

Favoritos ao ouro: Nevin Harrison (USA)/Olesia Romasenko (ROC)

Candidatas a medalha: Alena Nazdrova (BLR)/Maria Mailliard (CHI)

Podem surpreender

Brasileiros: Não


Favorita e campeã mundial, Harrison, de apenas 19 anos, pode se tornar a primeira canoísta estadunidense a ganhar o ouro em uma prova de canoagem velocidade, mas Romasenko vai tentar impedir tal feito. Nazdrova, bronze no mundial, e Maillard, quarta colocada e a atleta feminina da América do Sul com mais chances de medalhar, vão brigar por um lugar no pódio.


C2-500m

Favoritos ao ouro: China/Hungria

Candidatas a medalha: Belarus/Alemanha

Podem surpreender

Brasileiros: Não


China, campeã mundial, e a Hungria, prata no mundial e bronze no europeu deste ano, devem disputar o ouro. Alemanha, prata no europeu e Belarus, bronze no mundial de 2019, vão buscar uma medalha.


K1-200m

Favorita ao ouro: Lisa Carrington (NZL)

Candidatas a medalha: Marta Walczykiewicz (POL)/Emma Jorgensen (DEN)

Podem surpreender

Brasileiros: Não


Bicampeã olímpica na prova, Carrington é a maior favorita na prova. Prata no mundial e bronze no europeu, Walczykiewicz vai buscar o lugar no pódio, assim como Jorgensen, bronze no mundial e campeã europeia este ano.


K1-500m

Favorita ao ouro: Lisa Carrington (NZL)/Volha Kudzenka (BLR)

Candidatas a medalha: Milica Novakovic (SRB)/Emma Jorgensen (DEN)

Podem surpreender

Brasileiros: Não


Campeã mundial e bronze em 2016, Carrington vai tentar o segundo ouro olímpico em uma mesma edição, mas Kudzenka, prata no mundial de 2019 pode dar trabalho. Prata no mundial, Novakovic e Jorhensen, campeã europeia, vem para brigar por medalhas.


K2-500m

Favorita ao ouro: Belarus/Polônia

Candidatas a medalha: Eslovênia/Bélgica

Podem surpreender

Brasileiros: Não


Campeã mundial e bronze no europeu, Belarus, e Polônia, prata no mundial e bronze no europeu, vão duelar pela medalha de ouro. Eslovênia, bronze no mundial e Bélgica, quarta colocada, lutam por medalhas.


K4-500m

Favorita ao ouro: Hungria

Candidatas a medalha: Belarus/Polônia/Nova Zelândia

Podem surpreender

Brasileiros: Não


Campeã mundial e da Europa, a Hungria é muito favorita para vencer em Tóquio. Belarus e Polônia, medalhistas no mundial em 2019 vão tentar repetir o feito, enquanto a Nova Zelândia vem turbinada por Lisa Carrington.

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