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FINA anuncia sistema reformulado de classificação da natação para os Jogos de Tóquio


A Federação Internacional de Natação (FINA) divulgou nesta terça-feira (07) um documento em que expõe as alterações no sistema de classificação da natação para os Jogos Olímpicos de Tóquio do ano que vem, como resposta ao adiamento das Olimpíadas devido à pandemia de Covid-19. O texto publicado traz detalhes sobre o período de qualificação e os torneios reconhecidos, além dos prazos a serem cumpridos pelos atletas e federações.

O período para obter as vagas olímpicas foi ampliado até 27 de junho de 2021. As marcas obtidas em competições válidas e oficiais começou no dia 1º de março de 2019 e vai até o novo limite. Os atletas se classificarão diretamente caso atinjam o índice A de um evento, respeitando o limite de dois nadadores por nação em cada prova. Alguns países, porém, preferem determinar sua delegação por meio de seletivas nacionais, como os Estados Unidos, a Austrália e o próprio Brasil. Assim, os melhores atletas dessas seletivas se garantem nos Jogos, desde que tenham obtido o índice A. No caso dos revezamentos, a data limite é 31 de maio de 2021

Os países que não conseguirem atletas com índice A têm garantidas duas vagas, uma de cada sexo, para os Jogos Olímpicos de Tóquio pelo critério de universalidade, desde que os esportistas tenham participado do Mundial de Gwangju - ao todo, 192 nações competiram no evento na Coreia do Sul. Caso um atleta selecionado por esse critério não possa participar, o país poderá indicar um nadador substituto caso o esportista proposto tenha disputado algum evento classificatório (mesmo que não o Mundial de 2019). 


A FINA confirmou ainda que todos os atletas e revezamentos que já haviam se classificado estão mantidos. Assim, todos os nadadores que obtiveram índices em países que consideram apenas esse formato de qualificação, sem a disputa de uma seletiva, tiveram suas vagas confirmadas. Os revezamentos (12 de cada prova) classificados via Mundial também seguem confirmados.

Até o momento, 20 atletas brasileiros haviam atingido o índice A de suas provas. Porém, segundo os critérios da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), todos terão de passar pela seletiva brasileira no ano que vem, em data ainda a ser confirmada. O Brasil já tem vaga garantida nos revezamentos masculinos 4x100m livre, 4x200m livre e 4x100 medley, devido ao bom desempenho no Mundial de Gwangju.

Confira a lista de atletas brasileiros que já obtiveram índice A:

Bruno Fratus - 50m livre
Guilherme Guido - 100m costas
Felipe Lima - 100m peito
João Gomes - 100m peito
Caio Pumputis - 100m peito, 200m peito e 200m medley
Felipe França - 100m peito
Vinicius Lanza- 100m borboleta
Marcelo Chierighini - 100m livre
Breno Correia - 100m e 200m livre
Pedro Spajari - 100m livre
Marco Antonio - 100m livre
Gabriel Santos - 100m livre
Guilherme Costa - 400m, 800m e 1500m livre
Leonardo de Deus - 200m borboleta
Fernando Scheffer - 200m livre
Luiz Altamir - 200m livre
Leonardo Santos - 200m medley
Brandonn Almeida- 400m medley
Etiene Medeiros - 50m livre
Viviane Jungblut - 1500m livre


Uma das maiores esperanças de medalhas do Brasil na natação, Bruno Fratus precisará confirmar sua vaga nos 50m livre na seletiva brasileira (Foto: Wander Roberto/COB)

Ao todo, 878 nadadores competirão nos Jogos, menor número desde Atlanta 1996, quando participaram 762 atletas - na Rio 2016, foram 900. Essa redução na quantidade de esportistas ocorre mesmo com a inclusão de três novas provas no programa olímpico (800m livre masculino, 1500m livre feminino e revezamento 4x100 medley misto). A diminuição afetará principalmente os nadadores que atingirem apenas o índice B, já que os atletas com índice A e os que se encaixarem nas regras de universalidade serão priorizados. Os nadadores com índice B serão chamados apenas para suprir as vagas restantes dentre as 878 estipuladas.

A FINA divulgou também os torneios que serão considerados como classificatórios. A lista inclui o Mundial de Gwangju, Mundiais Júnior e etapas da Copa do Mundo, além dos Campeonatos Continentais, Nacionais e Regionais, desde que oficializados pela FINA antes da sua disputa. 

Calendário da corrida olímpica da natação para Tóquio
1º de março de 2019 – Início do período classificatório de marcas
31 de maio de 2021 – Prazo final para obtenção de marcas para os revezamentos
11 de junho de 2021 – Prazo final para as federações nacionais confirmarem seus revezamentos
20 de junho de 2021 – Prazo final para indicação dos atletas para vagas de Universalidade
27 de junho de 2021 – Prazo final para as federações nacionais confirmarem seus atletas reservas de revezamento
27 de junho de 2021 – Prazo final para obtenção de marcas classificatórias
1o a 4 de julho de 2021 – FINA revisará as vagas e informará a lista dos atletas com marca B
5 de julho de 2021 – Final do prazo de inscrição para todas as vagas olímpicas


Foto: Wander Roberto/COB

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