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Duda Lisboa realiza trabalho com ginecologista do COB para melhorar desempenho no vôlei de praia


Um dos principais nomes do vôlei de praia brasileiro, Duda Lisboa esbanja tanta técnica nas areias que muitas vezes nos esquecemos que estamos falando de uma atleta de apenas 21 anos. Em seu primeiro ciclo olímpico, a sergipana tem feito uma série de adaptações em seu estilo de jogo e também na rotina fora das quadras.

Uma das principais mudanças envolve o trabalho com Tathiana Parmigiano, ginecologista do COB desde 2011. As duas se conheceram no início de 2017 e, desde então, passaram a investigar o ciclo menstrual da atleta.

“Quando a conheci, a Duda tomava uma pílula anticoncepcional que estava adaptada. O legal é que, naquela época, ela gostava de jogar na TPM (tensão pré-menstrual), porque dizia ter mais força e explosão. Precisava respeitá-la e mantivemos isso por dois anos. Havia também uma segunda preocupação, que era não engravidar, porque isso postergaria seus planos”, explicou Tathi, em live realizada no Instagram do Time Brasil.

No entanto, passados dois anos, Duda começou a sentir mudanças em seu corpo devido à pílula e decidiu mudar os planos.

“Senti inchaço, o peito muito pesado, e a Tathi sugeriu trocar. Começamos a usar outra em janeiro (deste ano) por causa dos Jogos Olímpicos. O anticoncepcional só trouxe melhoras e me senti mais livre”, disse medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude Nanquim 2014.

A mudança no começo do ano se explica pela necessidade de Duda ter um tempo maior de adaptação ao novo medicamento. Além disso, a atleta manifestou não querer mais jogar menstruada, o que exigiu um planejamento do ciclo menstrual.

“Mandei todo o meu calendário de competições para a Tathi. Poderia menstruar durante os períodos de treinamentos, mas não quando estivesse em competição. Meu medo era ficar menstruada nos Jogos Olímpicos, quando já teria a pressão e ainda estaria desconfortável. Era um cenário que não queria”, contou Duda.

Apesar do adiamento dos Jogos de Tóquio, a estratégia para 2021 deve se repetir. Tudo pensando no rendimento da jovem atleta.

“A pílula não garante aumento de performance, mas você passa a não ter que se preocupar com isso. Aí você pode na focar na sua tática de jogo, na sua parceira... já são tantas coisas que você precisa se concentrar”, argumentou a ginecologista.

Foto: FIVB/Divulgação



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