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Defesa de Lamine Diack pede indulgência; ex-dirigente pode ser condenado a quatro anos de prisão


Durante julgamento no Tribunal de Paris, a defesa de Lamine Diack solicitou que a Corte agisse de maneira branda, considerando a idade avançada do réu. O senegalês de 87 anos, ex-presidente da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF), atual World Athletics, está sendo julgado por corrupção, tráfico de influência e lavagem de dinheiro durante sua gestão.

Um dos advogados do ex-dirigente, William Bourdon, não descartou a possibilidade de os juízes optarem pelo "judicialmente correto", segundo o qual, em caso de condenação, lhes pediu "para não tomar uma decisão que impeça Diack de morrer com dignidade, abraçado por seus parentes, em sua terra natal". O ex-dirigente estava em prisão domiciliar desde 2015.

Outro advogado de Lamine Diack, Simon Ndiaye, pediu aos magistrados que "tomem cuidado com julgamentos puramente morais" e "resistam à tentação de fazer de Lamine Diack um bode expiatório para purificar a IAAF".

Na última quarta-feira (17), promotores franceses haviam solicitado que Lamine Diack fosse condenado a quatro anos de prisão e multado em quinhentos mil euros. Já o filho de Diack, o co-réu Papa Massata Diack, acusado, entre outros crimes, de ter desviado dez milhões de euros da entidade, receberia uma sentença de cinco anos de reclusão e uma multa de mesmo valor que a do pai.

No início da semana, Diack admitiu que "inquestionavelmente" deveria ter sido mais vigilante durante seu tempo no comando da organização. Durante a investigação e o julgamento, o senegalês assumiu ainda que havia solicitado que as sanções contra atletas russos suspeitos de doping fossem feitas progressivamente a partir do final de 2011, para evitar escândalos e não prejudicar as negociações com um patrocinador russo, o banco estatal VTB, para o Mundial de Moscou-2013. 

Lamine Diack presidiu a então IAAF (Associação Internacional de Federações de Atletismo) entre 1999 e 2015, ano em que foi preso e deu lugar ao britânico Sebastian Coe no comando da entidade. Ele também foi membro do Comitê Olímpico Internacional entre 1999 e 2013.

O veredicto do julgamento no Tribunal de Paris será anunciado no dia 16 de setembro às 08h30, pelo horário de Brasília.

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