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Lamine Diack alega durante interrogatório que filho agiu "como um bandido" na IAAF


O ex-presidente da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF), Lamine Diack, denunciou o filho, Papa Massata, por agir "como um bandido" dentro da entidade. Diack foi interrogado nesta semana, sob acusação de que o órgão tem sido tomado por grandes casos de corrupção e acobertamento de exames positivos para doping. 

A promotoria alega que Diack abusou de autoridade para colocar Papa Massata, que era apenas um consultor de marketing, no centro do sistema da entidade,  o que permitia ao filho lidar com grandes quantidades de dinheiro das receitas da IAAF. 

Segundo relatos da agência de notícias Associated Press, Diack não deu respostas conclusivas, mostrando até mesmo momentos de confusão e incerteza, Aos 87 anos, o ex-presidente da IAAF geralmente mostrava não entender as perguntas feitas pelo painel de juízes. Além disso, ele negou a maioria das acusações.

No entanto, Diack admitiu que interferiu em diversos casos de doping por atletas russos, de forma que um escândalo de trapaça não fosse descoberto pela imprensa e patrocinadores. Próximo ao Mundial de Atletismo de Moscou em 2013, Diack estava negociando um contrato de patrocínio com o banco russo VTB, e temia não garantir recursos para o caixa da entidade, que passava por dificuldades financeiras. 

“Foi essencial. Por isso, eu estava preparado para fazer compromissos”, argumentou Diack em relação a ocultação de casos de doping. 

A situação financeira da IAAF, caracterizada por Diack, demonstrava falta de conexão com a imagem de grandes atletas, como Usain Bolt. Mesmo com o grande sucesso de carreira e marketing do velocista jamaicano, a entidade não soube aproveitar-se do momento. 

De acordo com o advogado de Diack, Simon Ndiaye, muitas respostas foram inconclusivas pela falta de lucidez de seu cliente. "Eu não sou médico, mas acho que, devido à idade dele, há coisas que ele não entende completamente nas perguntas que são feitas a ele", disse.

Entretanto, Ndiaye acrescentou que Diack "quer limpar seu nome" e não se pode dizer que ele foi incapaz ou não estava disposto a responder perguntas.

Foto: AFP

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