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Coluna Gran Willy: A grande chance da Next Gen


Apesar de parecer difícil, US Open e Roland Garros "cravam" quase que diariamente a manutenção de seus eventos no calendário do circuito mundial de tênis em 2020. O torneio norte-americano ainda não confirmou suas datas, podendo haver até mesmo um adiamento para não prejudicar os tenistas no Grand Slam francês. Mas diante um cenário em que não sabemos nem a ordem dos Majors, qual tenista pode tirar proveito de tanta dúvida, para surpreender nos grandes campeonatos?

Entre os dez melhores tenistas do mundo, quatro têm menos de 25 anos, Daniil Medvedev, Stefanos Tsitsipas, Alexander Zverev e Matteo Berrettini. Eles são os principais representantes da chamada Next Gen, a "nova" geração de tenistas. 

Medvedev não tinha grandes campanhas em Grand Slam, até fazer jogo duríssimo contra Rafael Nadal na final do US Open de 2019.  Tsitsipas é o mais novo do grupo. Hoje aos 21 anos, teve uma ascensão fulminante quando fez semifinal do Australian Open de 2019, após derrotar Roger Federer na quarta rodada, de virada. Ainda em 2019, derrotou o mesmo suíço, para chegar à final e vencer o ATP Tour Finals. 

Alexander Zverev já é um jogador com muitos títulos importantes, venceu três Masters 1000 e um ATP Tour Finals, mas só conseguiu uma boa campanha de Grand Slam, neste ano, ao alcançar a semifinal do Australian Open. E por fim, Matteo Berrettini, o último atleta entre os quatro citados a entrar no top-10 da ATP, fez semifinal de US Open no ano passado, mas por enquanto só tem títulos da série 250. 

Se forçarmos um pouco a "barra", podemos incluir um quinto integrante nesta Next Gen, o austríaco Dominic Thiem, número 3 do mundo. Ele tem apenas um título de Masters 1000, conquistado em Indian Wells, no ano passado. Mas o atleta de 26 anos já tem três finais de Grand Slam, uma no Australian Open e duas em Roland Garros, sendo o tenista que mais vezes ficou perto do tão sonhado título de Major, entre a galera mais jovem. 

Foto: Leith Alisson/Wikipedia Commons
Com um cenário onde ninguém sabe em que forma chegará o Big Three (Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic) nos Majors, e nem se eles aceitarão as condições para participar desses eventos, essa é a grande oportunidade para o Next Gen finalmente superar as expectativas e tomar a dianteira do circuito, conquistando finalmente um título de Grand Slam. 

Os próximos três Grand Slams serão realizados sob condições diferenciadas por causa da pandemia de coronavírus. US Open cogita tocar o evento sem torcida, mas Roland Garros já trabalha com planos para receber até 5 mil pessoas por dia. Mesmo com o bom trabalho para controlar a pandemia, os australianos também deverão ser rigorosos na edição 2021 do Australian Open. 

O Big Three

Novak Djokovic e Rafael Nadal aos poucos retomaram seus treinamentos. O sérvio demonstra um pouco mais de empolgação, já que está determinado a bater todos os recordes possíveis no tênis. Mas Roger Federer disse recentemente que não tem vontade de voltar a treinar e que só fará isso quando tiver certeza que o circuito retornará. 

Para o suíço as coisas parecem um pouco mais complicadas. Um de seus treinadores, o compatriota Severin Luthi, afirmou que a recuperação da cirurgia no joelho direito, na qual Federer foi submetido em fevereiro, foi mais lenta do que o esperado. Ainda assim, Luthi confirmou que Federer deverá voltar ao circuito em setembro, para a disputa dos Grand Slams. 

Entretanto, o Big Three não está feliz com os planos para o US Open. Um reunião via videoconferência, no dia 10 de junho, servirá para tentar alinhar todos os detalhes do evento, mas os três melhores tenistas da atualidade já demonstraram insatisfação. 

Djokovic alegou que as propostas da Associação de Tênis dos Estados Unidos são "extremas e impossíveis". Federer disse que não está empolgado em jogar sem público: "Não consigo imaginar jogar em uma quadra vazia". Além disso, Nadal ainda tem medo do contágio do coronavírus e admitiu que muitos tenistas deverão encontrar problemas para conseguir acesso à Nova York. 

Essas reações colocam mais dúvida em relação ao que significará este retorno do circuito mundial de tênis, previsto para agosto. É possível que muita coisa mude quando a bola voltar a quicar nas quadras, de forma oficial. 

Smash!

- Dominic Thiem conheceu sua primeira derrota no Generali Austrian Pro Series nesta segunda-feira. Ele perdeu para o compatriota Sebastian Ofner, número 163 do mundo, por 7/6, 6/7 e 6/4 em quase três horas de partida. 

- Recentemente o grego Stefanos Tsitsipas afirmou que gostaria que o brasileiro Gustavo Kuerten, tricampeão de Roland Garros, fosse seu treinador. Lisonjeado com a afirmação, Guga disse em seu canal no YouTube que não poderia aceitar o convite. "Seria uma grande experiência, mas não para mim, porque eu tenho duas crianças muito pequenas para cuidar. Na verdade, eu já sou técnico. Tem dia que sou técnico de matemática, português", brincou o ex-tenista. 

Foto: Wikipedia Commons

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