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Chefe da Federação Australiana considera dirigente inglês "desrespeitoso" em votação da Copa de 2023


A vitória de Austrália e Nova Zelândia na eleição para sediar a Copa do Mundo Feminina de Futebol de 2023 foi histórica para os dois países. No entanto, nem todos ficaram plenamente satisfeitos. O chefe-executivo da Federação Australiana de Futebol (FFA), James Johnson, questionou o voto do dirigente inglês Greg Clarke, que, na votação virtual promovida pela Federação Internacional de Futebol (FIFA) na última quinta-feira (25), apoiou a candidatura colombiana.

A escolha de Clarke foi parte de uma decisão em bloco da Confederação Europeia de Futebol (UEFA), que representou oito dos 13 votos que a proposta da Colômbia recebeu no total. Embora tenha tido pouco impacto na margem final, com a oferta da Austrália e da Nova Zelândia conquistando 22 dos 35 votos, o voto da Inglaterra não agradou Johnson, que citou o bom desempenho do país na avaliação da FIFA - nota 4.1 em 5 pontos possíveis, contra 2.8 dos colombianos - como um fator que deveria ter sido considerado.

"Na verdade, não acho muito engraçado", disse Johnson à emissora Fox Sports de seu país. "Acho que foi muito desrespeitoso, para ser perfeitamente honesto com você. Foi um processo que, penso eu, foi conduzido muito bem pela FIFA. Tivemos uma pontuação muito alta em um relatório que era objetivo. Agora sabemos como foi a votação e devo dizer que estamos decepcionados com a forma como a FA [Federação Inglesa de Futebol] votou."


Na imagem, os votos de cada membro do Conselho da FIFA. O representante brasileiro, Fernando Sarney, acompanhou a escolha de Clarke e apoiou a Colômbia. (Imagem: Reprodução Twitter/FIFA)

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A decisão da Europa de "desprezar" a Austrália não comprometeu os planos do país, pois o presidente da FIFA, Gianni Infantino, e os delegados da CAF (África) e da CONCACAF (América do Norte, Central e Caribe) apoiaram a oferta conjunta de australianos e neozelandeses. Johnson disse que, no geral, estava feliz com o processo de votação da FIFA, que foi reformulado após a controversa decisão de conceder ao Catar a Copa do Mundo Masculina de 2022.

"A maneira como os relatórios foram redigidos e a maneira como a pontuação foi atribuída, eu acho que foi um reflexo do trabalho que certamente nossa oferta havia realizado", afirmou. "Sempre há um pouco de angústia quando você entra na parte política do processo, mas eu acho que é um processo justo, a votação geralmente reflete o relatório de avaliação de propostas e acho que é onde chegamos".

Infantino admitiu que ficou surpreso ao ver uma votação em bloco da confederação mais poderosa do futebol a favor da Colômbia, mas se recusou a criticar a decisão, chamando-a de "democracia". A UEFA afirmou em comunicado que seu voto na Colômbia foi uma tentativa de tentar aumentar o crescimento do futebol feminino na América do Sul e que seu voto em bloco foi um acordo de solidariedade entre os membros europeus do Conselho da FIFA.

"Foi uma escolha entre dois países - Austrália e Nova Zelândia - onde o futebol feminino já está fortemente estabelecido e um continente onde a modalidade ainda precisa ser firmemente implantada e com um enorme potencial de desenvolvimento", dizia o comunicado.

Austrália e Nova Zelândia serão os primeiros países da Oceania a receber uma Copa do Mundo da FIFA. De acordo com o livro de candidatura, serão utilizados 13 estádios em 12 cidades espalhadas pelas duas nações. A final está marcada para ocorrer no Stadium Australia, conhecido por ter sido o Estádio Olímpico dos Jogos de Sidney 2000 e que poderá receber, na Copa, até setenta mil torcedores.

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Foto: John Sibley/Reuters

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