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Após desencontros, prefeita de Paris admite novos desafios para organizadores de Paris 2024



Em entrevista ao jornal francês 'L'Équipe', a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, admitiu que a crise econômica desencadeada pelo coronavírus atribui "novos testes" aos organizadores dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Paris 2024. A entrevista, cedida no último sábado (30), selou a ideia de diminuição de custos em algumas áreas visando superar os novos desafios econômicos.

Assim como o Presidente do Comitê Organizados Paris 2024, Tony Estanguet, Hidalgo segue a linha de que mudanças em transportes, acomodações e recursos humanos, economizariam milhões de custos. Um dos pontos econômicos discutidos, a acomodação, tem gerado uma discussão.

A Airbnb é uma das discórdias entre o COI e o Comitê Organizador, já que o Comitê Olímpico Internacional quer contar com a empresa americana de aluguéis como uma parceira master em Paris 2024. A ideia não é bem vista pelo Comitê Organizador, que - assim como Hidalgo - frequentemente se opõe a Airbnb. Entretanto, a crise financeira pode abrir portas para um "novo teste", pelo menos para a Prefeitura de Paris.

"Eu levantei a questão da parceria do Airbnb com o COI, inclusive com o [presidente do COI] Thomas Bach", admitiu Hidalgo.

A discussão promete novos capítulos. Hoteleiros franceses alertaram que suspenderiam a participação na organização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2024 caso a parceria com a Airbnb fosse firmada.

"Haverá coisas para revisar, mas esse não é o papel da cidade. Os custos estão sob controle", ressaltou Anne Hidalgo.

Mesmo admitindo "novos testes" a prefeita amenizou a situação dizendo ter confiança nos preparativos da cidade.

"Tenho confiança e, se houver problemas, falaremos sobre eles novamente. No momento estamos prontos com o nosso equipamento. A próxima crise nos trará novos testes a serem superados", concluiu.

Desencontros entre os organizadores

Não é só a Airbnb que tem causado turbulência nos bastidores dos órgãos organizadores de Paris 2024.


"Os principais patrocinadores não terão problemas em usar seus logos junto aos arcos olímpicos, mas no caso de parceiros secundários a coisa já não funciona da mesma forma. Entretanto, vamos tentar revisar nossos acordos para não penalizar esses parceiros", disse Etienne Thobois, CEO do Comitê Organizador de Paris 2024, na época.

Dias depois, Guy Drut, membro do COI e ex-ministro de Esportes da França, disse que o plano inicial dos Jogos Olímpicos Paris 2024 estava "obsoleto e ultrapassado".

"Para que o projeto permaneça inalterado, precisamos revisar seus meios e focar no essencial. A primeira necessidade é fazer uma reavaliação orçamentária do que custará as Olimpíadas de Paris 2024", disse Guy, em abril. 

"Temos de repensá-los para adaptá-los, para mantê-los relevantes para o mundo em mudança. Eles não poderão ocorrer a qualquer custo, desconectados da realidade, mas 'margens' do mundo", ponderou.

Os comentários do membro do COI com críticas ao Comitê Organizador não caíram bem e logo causou um grande desconforto entre as partes.

Foto: Divulgação/COI

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