Em entrevista na última sexta-feira (8), o presidente da World Athletics, organização que gerencia o atletismo mundial, Sebastian Coe, enfatizou o papel da prática esportiva na recuperação do mundo depois da pandemia de COVID-19. Para o inglês, essa importância se torna ainda maior para as crianças e os jovens.
“As crianças precisarão de mais acesso ao esporte no mundo pós-pandemia, e há uma grande necessidade de pressionar as autoridades para que o esporte na escola não definhe”, disse Coe à agência de notícias Reuters.
“O fato de que uma criança no Reino Unido tem 50% menos probabilidade de ser ativa esportivamente entre os oito e os nove anos, e entre os 12 e os 13 anos, está errado. Simplesmente não pode estar certo. Qualquer que seja a sua opinião, isso deve estar errado”, acrescentou o presidente, salientando que uma população mais saudável estaria melhor preparada para enfrentar pandemias como a do novo coronavírus no futuro.
Coe disse ainda à Reuters que planeja tomar medidas voltadas à juventude e à democratização da prática esportiva, como forma de proteger o atletismo a longo prazo quando os bloqueios globais terminarem.
"Quero que nosso esporte seja um esporte de campanha e, se não priorizarmos os jovens e o acesso ao esporte, é melhor arrumarmos as malas e voltarmos para casa", declarou. “ Isso tem que ser resolvido, e esse deve ser o pensamento a longo prazo quando sairmos da situação de pandemia”.
Há algumas semanas, Coe já havia divulgado em um comunicado que a World Athletics e a Fundação Internacional de Atletismo (IAF) criaram um fundo de auxílio de US$ 500 mil para ajudar atletas com dificuldades financeiras durante a pandemia de coronavírus.
A pandemia levou também a grandes mudanças no calendário do atletismo. Com o adiamento dos Jogos Olímpicos para o ano que vem, a World Athletics já anunciou a mudança de data do próximo Mundial de Atletismo, de agosto de 2021 para julho de 2022. O período de qualificação olímpica também foi alterado, com o congelamento de oito meses da janela de classificação.
Foto: Ali Haider/EFE
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