Johanne Defay vê com bons olhos competição do surfe de Paris 2024 no Taiti
Motivo de muita polêmica, a escolha do Taiti como sede do surfe nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 foi muito elogiada pela principal surfista francesa, Johanne Defay. Segundo ela, as ondas de Teahupoo, uma das etapas mais conhecidas da Liga Mundial de Surfe, localizada em território taitiano, são "magníficas", o que proporcionará uma competição "muito especial".
"Mesmo estando longe de Paris, é a França. O Taiti será magnífico. No local, será louco, a onda é louca. E no verão na França, as ondas podem ser muito ruins, até podres", disse ela à GQ.
O Taiti é a maior ilha da Polinésia Francesa, um conglomerado de pequenos territórios localizados no Oceano Pacífico. Conhecida por suas ondas gigantes, a região foi selecionada pelo Comitê Organizador de Paris 2024 como o melhor local para se disputar o surfe na Olimpíada. O Comitê Olímpico Internacional (COI) aprovou a escolha em março deste ano.
A decisão causou muita insatisfação de algumas partes, uma vez que Taiti e Paris se distanciam em mais de 15 mil quilômetros. La Torche, Biarritz, País Basco, Lacanau-Bordeaux e Hossegor-Seignosse, todas localizadas na França, também se candidataram para receber a competição, mas não foram escolhidas.
Mas, para Defay, a insatisfação dos outros locais não colabora com o crescimento do surfe.
"É por isso que o surfe não é muito conhecido, porque nem todos podem praticá-lo na praia. É preciso ondas, boas ondas", disse ela.
"O surfe não chama a atenção quando há ondas pequenas e quando são feitas manobras para encontrar a correta. Enquanto em Tehaupo'o, com uma onda impressionante, as pessoas ficam presas", pontuou a surfista.
Apear de estar classificada para a estreia do surfe nos Jogos Olímpicos, em Tóquio, no próximo ano, com o oitavo lugar conquistado na Liga Mundial de Surfe de 2019, Defay já pensa na Olimpíada em seu país. "Paris 2024 me faz sonhar, com certeza", finalizou.
Foto: SP/IP Reunion
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