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Primeira craque do Brasil no futebol feminino, Sissi revela mágoa em não ter tido um jogo de despedida pela seleção



Uma das primeiras estrelas do futebol feminino no Brasil, a ex-camisa 10 Sissi revelou a mágoa de nunca ter tido um jogo de despedida pela seleção brasileira. Em entrevista ao site 'dibradoras', Sissi, que atualmente trabalha como treinadora nos Estados Unidos, revelou que, após não ser mais convocada após a olimpíada de Sydney em 2000, esperou ao menos a chance de se despedir da seleção, algo que nunca aconteceu:

"Eu não sei se tem algo que eu me arrependa. Eu fui uma pessoa muito calada, nunca fui de falar muito. Então ficou muita coisa que eu não pude explicar na época. Uma coisa que eu ainda guardo com muita mágoa é o fato de não ter me despedido da seleção da maneira que eu queria. Eu não consegui fechar esse ciclo da maneira que eu achava que eu merecia por tudo o que eu fiz" disse Sissi, que defendeu o Brasil entre 1988, anos da primeira seleção brasileira oficial de futebol feminino e 2000.

Depois de Sydney 2000, Sissi ficou de fora da Copa do mundo de 2003 e da Olimpíada de 2004 - chegou a ser cotada para os jogos por Renê Simões, mas não foi chamada - e revelou sua tristeza na época: 

"Meus amigos, as pessoas que conviveram comigo sabem, não foi fácil. Eles sentiram de perto o que foi pra mim fechar aquele ciclo logo depois da Olimpíada de Sydney sem nada. Amigos meus no Brasil já me procuraram para fazer... mas o que dói mesmo é não ouvir nada do órgão principal, que eu representei por vários anos. Vou fazer o quê? O negócio é continuar batalhando, vivendo minha vida aqui. É o que eu sempre falo, quando eles forem lembrar da história, meu nome ainda vai estar lá. O que importa é o que eu fiz, se não estiver no museu (da CBF), vai estar na memória das pessoas".

Sissi tem o sonho de voltar à seleção brasileira, como treinadora ou assistente, mas como se vê longe de realizar esse sonho, a ex-jogadora não descarta assumir uma dessas funções na seleção dos Estados Unidos. 

"Com relação à seleção (brasileira) eu sempre falei que meu sonho era poder participar de alguma forma, seja como assistente, qualquer coisa, sempre foi, sempre vai ser. Se eu tivesse uma chance nos Estados Unidos, eu não pensaria duas vezes também. É uma questão de oportunidade. Eu estou trabalhando pra isso. Minha vida agora é voltada pra isso, melhorar, crescer profissionalmente, É o que eu estou buscando." disse Sissi, que foi assistente pontual da seleção feminina em 2015, em um amistoso contra os Estados Unidos.

Com informações de dibradoras
Foto: acervo pessoal


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