A governadora de Tóquio, Yuriko Koike, criticou duramente os dizeres do candidato à prefeitura de Londres, Shaun Bailey, de levar os Jogos Olímpicos de 2020 para a capital britânica, em caso de transferência por conta do surto do coronavírus.
Na última semana, Bailey afirmou que a cidade londrina tem a infraestrutura necessária e a experiência para receber os Jogos. O candidato declarou, ainda, que, se for eleito, garantirá que Londres esteja pronta para "sediar a maior festa do esporte novamente".
O discurso do britânico causou muito desconforto por parte da organização de Tóquio-2020. Yuriko Koike respondeu na última sexta-feira, 21, afirmando que não seria apropriado tornar-se prefeito em cima de um problema tão grave como este.
"Uma razão pela qual essa questão atraiu a atenção global deve-se ao navio de cruzeiro. Mas a nacionalidade do navio de cruzeiro pertence à Grã-Bretanha", disse Koike, referindo-se ao navio de cruzeiro Diamond Princess, que está em quarentena no Japão por abrigar mais de 600 infectados com o vírus.
A governadora, a organização da Olimpíada e o Comitê Olímpico Internacional insiste em afirmar que os Jogos Olímpicos não serão adiados. As partes trabalham em conjunto com a Organização Mundial de Saúde (OMS), que até o momento não pediu nenhum plano de contingência para cancelamento do evento.
Apesar do otimismo dos líderes, a preocupação dos fãs do esporte é grande. O Covid-19 matou 2,6 mil pessoas e deixou 80 mil infectadas ao redor do mundo. O Japão já é o segundo país com mais casos de vítimas (muito por conta do navio Diamond Princess) e alguns eventos tiveram que ser cancelados, como a Maratona de Tóquio, uma das mais importantes do mundo.
A qualificação olímpica também foi muito afetada neste início de 2020. Diversos torneios pré-olímpicos que iriam ocorrer na China ou na Ásia tiveram que ser alterados. Foram os casos de pentatlo moderno, taekwondo, vela, polo aquático, boxe, handebol, basquete e futebol feminino.
Foto: Reuters
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