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Detentor do antigo recorde dos 5km contesta marca de Cheptegei pela tecnologia dos calçados


Joshua Cheptegei, uma das esperanças de medalhas para Uganda nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, quebrou o recorde dos 5 km, com o tempo de 12min51s, abaixando 27 segundos da marca anterior. Entretanto, o australiano Robert de Castella, ex-recordista da maratona, não vê o registro como uma evolução dos atletas, mas sim do protagonismo da tecnologia que aumenta a cada ano.

"Provavelmente estou triste", disse o espanhol. "Porque o que está fazendo é uma farsa, algo fora do nosso esporte e eu não acredito que seja certo e justo que a tecnologia - que eu acredito ser um importante fator contribuinte - esteja desempenhando um papel tão importante". O tempo anterior da prova pertencia ao queniano Robert Keter, com 13min22s.

A presença da tecnologia nos calçados vem ganhando grande  espaço dentro das discussões. Um dos pontos-chaves desse embate foi o controverso Vaporfly Next% da Nike, proibido pela Wolrd Athletics, acusando a empresa estadunidense de doping tecnológico, revisando seu regulamento sobre os limites da tecnologia os calçados para profissionais.

A aplicação da tecnologia nos esportes é algo extremamente polêmica, já debatido na natação e no ciclismo. Agora no atletismo, o grande destaque vai para o tênis revolucionário da Nike que aumenta a eficiência em 4%, criticado por de Castella. "O princípio de correr com molas nos sapatos faz com que seja um absurdo. Você está criando um efeito de recuperação de energia que nunca foi usado pelos corredores no passado".

O técnico australiano Nic Bideau, patrocinado pela Nike, explicou a mudança. "Então, em vez de você pegar a estrada e 70% de sua energia voltar para você, é mais como 90 a 95% da energia retornada e suas pernas ficam muito menos cansadas". Esse protótipo foi usado pelo queniano Eliud Kipchoge ao terminar a maratona abaixo das 2 horas.

Foto: NFO

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