Almir Junior, o
mato-grossense Almir Cunha dos Santos, está de volta ao Brasil, depois
de participar de um Camping de Treinamento e Competições na Universidade
de Kent, em Ohio, nos Estados Unidos. Ele retorna com a segunda melhor
marca indoor do mundo do salto triplo de 2019, obtida no último dia 10
no Doug Raymond Invitational Meeting, em Kent, com 17,46 m. O seu
prestígio, que já era grande, ficou maior ainda.
Almir terminou a temporada passada em terceiro lugar no Ranking da IAAF
ao ar livre, com 17,53 m (0.3), e com o grande título de vice-campeão
mundial em pista coberta de Birmingham, na Grã-Bretanha. Com a boa
estreia em 2019 - o resultado garantiu qualificação para o Pan-Americano
de Lima, cujo índice é de 16,50 m, e para o Mundial de Doha (16,95 m), o
saltador da Sogipa-RS tem nada menos do que 42 convites para competir
no exterior, a partir de abril, entre etapas da Liga Diamante, Word
Challenge e outros meetings internacionais.
"Vamos escolher as competições que se encaixarem no meu programa de
treinamento", disse o atleta de 25 anos, em visita ao Centro Nacional de
Desenvolvimento do Atletismo (CNDA), da CBAt, na cidade de Bragança
Paulista (SP). "Isso vai ser decidido pelo meu treinador com a minha
agente na Europa", prosseguiu, referindo-se a José Haroldo Loureiro
Gomes, o Arataca, e a Chiara Davini.
Almir voltou ao Brasil na terça-feira (20/2), depois de uma verdadeira
maratona. Teve seu voo inicial de Cleeveland cancelado por causa das
condições climáticas na cidade. Com 12 horas de atraso, teve de pegar
outro voo via Orlando, Cidade do Panamá até chegar ao Aeroporto
Internacional de Guarulhos. Isso sem contar o frio de -9 graus que teve
de pegar do Aeroporto de Cleeveland até o hotel fornecido pela Cia
Aérea.
Para quem desistiu de dois torneios nos Estados Unidos por causa da
gripe e da febre, foi mais uma tortura, apesar dos casacos e do ar
condicionado dos aviões. "Mas o importante é que atingi todos os
objetivos no camping, que foi treinar com o técnico Michael Schober,
especialista em saltos horizontais, aproveitar a bela infra-estrutura da
universidade, conseguir o meu melhor resultado pessoal em pista coberta
e mostrar consistência nos saltos", afirmou Almir, que ganhou 10 dias
de descanso em Porto Alegre. "Agora é sarar da gripe e recomeçar os
treinos para as provas ao ar livre. Este ano, a temporada será bem longa
e precisa ser bem planejada. Os grandes objetivos são o Pan-Americano e
o Mundial", completou.
O técnico José Haroldo Arataca conversou bastante com Almir no CNDA e
ficou feliz com a experiência positiva de seu atleta no camping. "Ele
vinha treinando muito bem na Sogipa e sabia que podia conseguir boa
marca. Ele tinha 17,41 m, como melhor resultado, e agora tem 17,46 m.
Ele conseguiu ainda uma série muito boa de saltos dentro da prova, com
17,30 m, 17,46 m, 16,96 m e 17,26 m", lembrou.
Quanto às futuras competições, Arataca ficou de conversar com o seu
assistente Fabricio Romero. "O salto triplo é uma prova extremamente
exigente do ponto de vista físico e é necessária uma recuperação entre
um meeting e outro. Por isso, as competições têm de ser muito bem
escolhidas", disse Arataca.
Foto: CBAt
0 Comentários