A dívida do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 chegou a R$ 420 milhões, de acordo com último levantamento contábil feito pela entidade e apresentado a entidades que têm alguma relação com o órgão.
O débito atual representa um aumento considerável em relação à aferição feita ao final de 2017. Na época, o comitê fechou o exercício com uma dívida de R$ 267,8 milhões, de acordo com um relatório de auditoria independente ao qual o site GloboEsporte.com teve acesso. O Rio 2016 teve um orçamento superior a R$ 8 bilhões para realizar a primeira Olimpíada já feita na América do Sul.
O fornecedor que mais tem a receber é a multinacional francesa GL Events, que providenciou estruturas temporárias. Segundo o globoesporte.com, a empresa ainda tinha que recuperar R$ 52 milhões em contratos não pagos pelo comitê organizador.
A situação ganha ainda mais contornos dramáticos porque o Rio 2016 não tem fontes de renda para amortizar a dívida. Atualmente, tem em seus quadros menos de dez funcionários.
Quando o comitê foi fundado, após a escolha em 2009 do Rio como sede olímpica, caberia aos governos federal, estadual e municipal arcar com eventuais dívidas. Antes da Olimpíada, houve uma mudança em lei que tirou o governo federal da obrigação. Portanto, o governo do estado e a Prefeitura do Rio deveriam cobrir o rombo. Ambos, porém, vivem caos financeiro e já disseram que não devem ajudar a cobri-lo.
O Comitê Rio 2016 alega que a Prefeitura não honrou acordo, assinado em 2016, para que repassasse R$ 150 milhões a fim de realizar o evento. A maior parte do total não foi dada.
Uma outra alternativa seria pedir ao COI (Comitê Olímpico Internacional) que saldasse os compromissos não honrados. A entidade internacional, até o momento, não demonstrou interesse em fazê-lo.
foto: Reuters/Fabricio Bensch
Com informações de globoesporte.com
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