Depois do fiasco da não classificação da seleção feminina para o Mundial de 2018, que não acontecia desde 1959, vimos a seleção masculina não conseguir a classificação para o Pan-Americano pela primeira vez na história. E uma semana depois do aniversário de 30 anos de um dos maiores feitos do basquete brasileiro, que venceu os Estados Unidos em casa em um... Pan-americano.
Ao contrário do feminino, que sofre para ter praticantes, o problema do masculino é um pouco mais complexo. Em um torneio de regulamento esdrúxulo (A Argentina já jogar classificada para a fase final é o cumulo do absurdo) e que não valia nada além das vagas para o pan, a decisão de levar jogadores jovens foi acertada. Preciso dar rodagem aos jovens jogadores. O que pesou foi ter um técnico interino, ao invés de um técnico efetivo. Nada contra Cesar Guidetti, que faz um bom trabalho no Pinheiros, mas ele não conseguiu dar um padrão a seleção, mesmo jogando com seleções totalmente remendadas. Apenas Uruguai e Argentina estão com força máxima.
E o Brasil sofreu para vencer a Colômbia, onde deveria ter feito uma boa vantagem nos pontos. Levou um tremendo vareio da seleção mexicana -onde custou a vaga do pan - e não superou Porto Rico, falhando nos momentos decisivos. Um jogo sem identidade, presa fácil no ataque e uma mãe na defesa. Eu não esperava uma classificação, mas ficar entre as sete melhores seleções do continente era totalmente alcançável.
O Brasil precisa se decidir no que será daqui para frente nas quadras. a Máquina ofensiva de crazy shooters tão criticada não existe mais, mas o foco defensivo que existiu por alguns momentos nos tempos de Magnano também (na Rio 2016 ele já tinha sumido). Temos bons valores, gostei muito das atuações do Renan Lenz, Georginho e principalmente Léo Meindl- ótimo jogador- , e lamento muito que Bruno Caboclo tenha cometido um ato de indisciplina, pois seria um nome importante para equipe. Eu creio que temos uma boa base jovem que precisa ser mesclada com nomes mais experientes que ainda queiram defender a seleção para forma uma base sólida para conseguir se classificar para os jogos de 2020.
Definir um técnico será importante. Se rumores apontavam que assim que a CBB conseguisse um patrocinador master eles iriam atrás de um técnico renomado, agora é a hora. Precisamos voltar a ser fortes, e um técnico com qualidade será fundamental para isso. E como já disse anteriormente, a parcela de culpa dessa nova diretoria e pequena, mas a obrigação de reerguer o basquete do poço quase sem fundo em que se meteu é totalmente dela. Que chame a LNB para conversar e se unir em prol do fortalecimento do basquete nacional e quem mais for preciso, agora o momento é de baixa e toda a ajuda será bem-vinda. Eu e todo fã de basquete não gostaríamos de viver de novo o pesadelo de dar vexame em mundiais e nem se classificar para as olimpíadas novamente.
PS: A coluna buzzer beater dá um até logo, agradeço a todos por acompanharem meus textos. Já estamos no esquenta para os Jogos de Inverno de 2018 e é hora de preparar diversos conteúdos especiais para vocês. Ela voltará em algum momento - espero que para falar de coisa boa, mas não sei quando isso acontecerá!- ou em caráter extraordinário. Valeu!
Foto: FIBA
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