O risco de contrair zika durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos
é mínimo. A afirmação foi de Ricardo Barros, ministro da saúde. Em
reunião na manhã da sexta-feira (10), no Rio de Janeiro, ele informou
que o número de novos casos da doença registrados da na cidade caiu de
2.116 na terceira semana de fevereiro para 208 na primeira semana de
maio, uma redução de 90%.
"Os governos municipal, estadual e federal estão
trabalhando irmanados para que as pessoas assistam ao evento sem correr
riscos", disse Ricardo Barros. Ele afirmou que o Ministério da Saúde
realizou um investimento extra de R$ 19,5 milhões para garantir a
segurança de atletas e espectadores nas competições de agosto e
setembro. "Foram adquiridas 146 novas ambulâncias e 130 leitos para os
hospitais do Rio, entre outros itens", informou.
"O Brasil está numa das regiões do globo com menores
índices de circulação do vírus zika no período dos Jogos", disse Barros.
Segundo ele, o aumento dos esforços governamentais na prevenção,
combinados às menores temperaturas no Rio no período do evento, devem se
refletir numa menor proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor
dos vírus zika, da dengue e do chinkungunya. "Esperamos ter todos aqui
conosco durante os Jogos", afirmou o ministro.
Condições climáticas influenciam
O mês de agosto é frio e seco na cidade do Rio, condições climáticas são pouco favoráveis à proliferação do aedes aegypti. Em artigo publicado na edição de junho da revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, pesquisadores salientaram essa como uma das principais razões para que o calendário Olímpico fosse mantido.
Na última terça (7), autoridades médicas afirmaram que o número
de pessoas infectadas por zika no Rio durante os Jogos deve ser quase
nulo. Além disso, a Organização Mundial da Saúde divulgou no fim de maio uma nota em que afirma que "não há justificativa de saúde pública para adiar ou cancelar os Jogos".
Diretor de serviços médicos do Rio 2016, João Grangeiro se manifestou sobre as preocupações com o vírus zika em artigo
publicado neste site na última segunda (6). "A OMS, o COI e o Comitê
Rio 2016 jamais colocarão em risco a saúde dos atletas e dos turistas
que visitarão a cidade. Conduzimos a organização dos Jogos com
responsabilidade e total consciência da complexidade dessa missão",
afirmou ele no texto.
0 Comentários