O Brasil conseguiu mais uma vitória no Desafio de Judô ao derrotar a
seleção da Coreia do Sul na disputa por equipes mistas por 3 a 2, na
manhã do sábado (9) O evento aconteceu em
Campo Grande, Mato Grosso do Sul,
"A Coreia do Sul é um país com grande tradição no judô e era esperado
que fizesse um duelo duro com o Brasil. Foi uma vitória completa, tanto
no campo esportivo, quanto em termos de público, da organização do
evento. A cidade de Campo Grande e a Federação de Judô do Mato Grosso do
Sul compraram a ideia e essa parceria foi fundamental para o sucesso do
evento", comemorou o presidente da CBJ, Paulo Wanderley Teixeira, que
acompanhou o duelo no ginásio.
A disputa começou com vitória de
Nathália Brígida (48kg) por um yuko contra Yujeong Kang. Em seguida,
Gabriel Pinheiro (66kg) teve dificuldades contra Young-Jin Ham (KOR), que conseguiu empatar o placar pontuando com waza-ari contra o brasileiro.
"Abrir
a competição é uma pressãozinha maior e se você começar com vitória dá
mais motivação para a equipe. Foi uma luta difícil. O estilo sul-coreano
é de muito volume, não conhecia muito bem minha adversária, mas
consegui achar o espaço e pontuar para sair com a vitória", avaliou
Brígida.
No terceiro combate, a medalhista olímpica Ketleyn
Quadros (63kg) conseguiu um yuko, fez a transição para a luta no solo e
finalizou o combate com um juji-gatame (chave de braço), fazendo Eun-Sol
Choi desistir da luta.
"A Coreia do Sul tem muita tradição.
Tem que ter paciência para aproveitar a oportunidade. Consegui
aproveitar no chão, jogando de yuko e fazendo a transição para a chave
de braço. Essa transição foi também uma conquista para mim. Fomos
campeões e isso é o significado de equipe. Quando um não está bem o
outro ajuda. Fico feliz de ter participado e, apesar de ser a mais
experiente do grupo, aprendi muito também com cada um deles", comentou
Ketleyn ao final da disputa.
No quarto e decisivo confronto,
João Marcos Cesarino (+100kg) pontuou com yuko e, em sequência,
conseguiu o ippon contra Kyeongtae Kim dando a vitória do Super Desafio
BRA ao Brasil.
"Entrei meio nervoso, mas depois que senti que
dava para fazer minhas técnicas fiquei mais tranquilo. Estudei bastante o
adversário, vi alguns vídeos dele ontem e isso foi fundamental para a
vitória", disse Cesarino.
Atleta da casa, Camila Gebara Nogueira (+78kg) foi para o
último confronto com o Brasil já campeão, mas não relaxou. A luta
terminou empatada nos shidos (1-1) no tempo normal e, no golden score, a
brasileira acabou levando um shido, fechando o Super Desafio em 3 a 2
para o Brasil.
"Faltou um pouco mais de experiência e de
força", contou Camila, cujos pais estavam na arquibancada do ginásio
torcendo pela filha. "Às vezes eu consigo ouvir os gritos da minha mãe,
quando preciso de um gás a mais olho para arquibancada e vejo meus pais,
com certeza me fortalece."
A delegação brasileira foi composta ainda pelo gerente de alto
rendimento, Amadeu Moura; pela técnica, Yuko Fujii, e pelo
fisioterapeuta, Gabriel Bogalho. O chefe da delegação sul-coreana é
Min-Su Kim e os técnicos serão Munkyung Jang e Eun-Hee Kim, que avaliou
positivamente a experiência para seus atletas.
"Foram combates
muito duros. Acredito que este tipo de experiência é muito importante
para esses atletas, porque assim eles poderão retornar para a Coreia e
dividir com os companheiros isso que eles viveram aqui", disse Min-Su
Kim.
O confronto com a Coreia do Sul foi o segundo Desafio de Judô de 2016. A seleção já lutou contra a Mongólia e venceu por 5 a 0 no duelo
realizado em março, em São Paulo.
O próximo compromisso da
seleção principal do Brasil será o Campeonato Pan-Americano de Judô que
acontecerá em Havana, Cuba, nos dias 29, 30 de abril, e 1º de maio.
Foto: Divulgação
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