O primeiro contato da seleção brasileira feminina de rúgbi com o
Estádio de Deodoro, palco da modalidade para os Jogos Olímpicos Rio
2016, terminou com comemoração e medalha de ouro no peito. No domingo
(06.03), o Brasil conquistou o título do Campeonato Sul-Americano pela
11ª vez. O torneio serviu como evento-teste da instalação e contou com a
presença de oito seleções.
Depois de passarem invictas pela primeira fase, as Tupis, como são
conhecidas as jogadoras da seleção, venceram mais três jogos neste
domingo. Em um dia de muito sol e calor em Deodoro, o time da casa deu
início à campanha do título vencendo o Chile, nas quartas de final, por
41 x 0. A vitória classificou as brasileiras para encarar a Colômbia na
semifinal. Com mais um triunfo, desta vez por 31 x 0, a seleção
assegurou seu lugar na grande final.
As rivais na decisão foram a Argentina. Até então, as brasileiras não tinham sofrido nenhum try –
a pontuação do rúgbi – em cinco partidas. As argentinas conseguiram
vencer a defesa das donas da casa uma vez, mas não foi o suficiente para
encerrar a hegemonia da equipe, que viu Edna marcar três tries e ajudar o Brasil a conquistar o título com um placar final de 27 x 5.
Grande nome da seleção na final, a camisa 4 revelou que sofrer um try não estava nos planos para a competição, mas comemorou o título e a experiência de passar dois dias no Estádio de Deodoro.
“Conseguimos manter o nível dos nossos jogos contra times internacionais. Nosso objetivo era não levar nenhum try,
não conseguimos, mas valeu pela manutenção do domínio na América do
Sul. Foi bacana jogar um evento-teste, até brinquei com as colegas que
se uma de nós não for às Olimpíadas, vai poder dizer que ao menos jogou
no campo dos Jogos”, comentou Edna após a final.
Atleta mais experiente da seleção, Julia Sardá exaltou o respeito com
as adversárias, embora o Brasil fosse favorito para o título. “A gente
veio focada em manter a hegemonia. Sabemos que os outros times estão
evoluindo. Entramos para vencer todos como se fossem o melhor time do
mundo”, revelou a jogadora, valorizando também a experiência na
instalação olímpica. “Nosso outro objetivo era sentir esse ambiente, ver
como é a estrutura, sentir o campo. Foi positivo. O evento evoluiu do
primeiro para o segundo dia em termos de organização. Com a torcida que
vai ter na época das Olimpíadas, acredito que vai ser demais”, projetou.
Foto: Brasil 2016
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