A seleção masculina de Tênis de Mesa aposta nos últimos grandes resultados alcançados
recentemente pelo tênis de mesa brasileiro para chegar confiante aos
Jogos Pan-Americanos deste ano, que acontecerão de 10 a 26 de julho, em
Toronto, no Canadá. O trio formado por Gustavo Tsuboi, Hugo Calderano e
Thiago Monteiro buscará não apenas pódios, mas também a classificação
para os Jogos Olímpicos Rio 2016.
Em busca de seu sétimo título pan-americano por equipes, a seleção
tentará quebrar um jejum de 20 anos e levar o título individual, que
dará a vaga olímpica ao campeão. O último vencedor do país foi Hugo
Hoyama, na edição de 1995, em Mar del Plata, na Argentina.
Brasileiro melhor ranqueado, na 62ª posição, Tsuboi vem de uma
temporada positiva na Liga Alemã, em que defende o Schwalbe
Bergnestaudt. Após um início irregular, o paulista cresceu e foi eleito a
revelação do ano.
“Os Jogos Pan-Americanos são uma competição especial, acontecem a cada
quatro anos, portanto a motivação e a ansiedade são grandes. Farei o meu
melhor para alcançar um ótimo rendimento e conquistar medalhas para o
Brasil”, afirmou Tsuboi, confiante em um bom desempenho.
“As chances são boas. Sabemos que podemos enfrentar adversários
perigosos, mas a seleção vem evoluindo e fazendo bons jogos ao longo da
temporada, o que aumenta a confiança para repetir os feitos de 2007 e
2011”, completou, citando as edições em que ajudou o Brasil a levar o
título por equipes.
Calderano (66º) também vem de um ano muito positivo. Suas principais
conquistas foram o bronze individual nos Jogos Olímpicos da Juventude,
em agosto passado, e a prata nas duplas masculinas, ao lado de Tsuboi,
no Aberto do Qatar. Foi o melhor resultado das Américas em uma etapa da
série Super, a mais importante do Circuito Mundial.
Em Toronto, o carioca de 18 anos disputará o Pan pela primeira vez.
Animado com a estreia, Calderano também mira a vaga olímpica.
“Participar do Pan pela primeira vez já seria emocionante por ser um
campeonato que eu acompanho desde pequeno. Com a vaga olímpica em jogo, a
expectativa é ainda maior. Seria uma grande vantagem poder começar o
último ano do ciclo olímpico já classificado”, disse.
“A equipe brasileira é favorita. Isso, é claro, aumenta a pressão e a
responsabilidade de todos os atletas e da comissão técnica”, emendou.
Atleta mais experiente da seleção, Thiago (158º) conhece a fundo o Pan.
Em três participações, conquistou seis medalhas, incluindo três ouros –
por equipes, em 2007 e 2011, e nas duplas masculinas, em 2003, ao lado
de Hoyama. Ele soma ainda uma prata (individual, em 2003) e dois bronzes
(por equipes, em 2003, e individual, em 2007).
O cearense de 33 anos vem de um resultado histórico no Campeonato
Mundial disputado em Suhzou, na China, há três semanas. Igualou o melhor
desempenho brasileiro em todos os tempos na competição ao chegar às
quartas de final de duplas masculinas com Cazuo Matsumoto (115º), que
será reserva no Pan.
“O Mundial da seleção foi bom e saí de lá com muitas coisas boas. Eu me
sinto competitivo, num nível bom e feliz com a temporada que fiz. Se o
Pan fosse hoje, me sentiria pronto, mas o tempo que resta dá para
treinar bem e evoluir em alguns detalhes”, afirmou.
Foto: Divulgação
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