Principais velejadoras do país na atualidade, Martine Grael e Kahena Kunze, que estrearão nos jogos Pan-americanos de Lima no próximo sábado (3), lamentaram em entrevista ao diário 'Lance!' a pouca concorrência que tem no Brasil, além da falta de interesse que os jovens tem pela vela.
"Não foi por falta de incentivo. Nós nos disponibilizamos para fazer clínicas, mas o interesse é reduzido. Tem a questão Robert Scheidt: o cara é tão acima da média, que as pessoas ficam um pouco inibidas de tentar vaga olímpica. Isso é ruim. Se não começarem agora, quando ele sair, não vai ter velejador no nível olímpico" disse Martine ao 'Lance!'
Kahena cita que a falta de apoio privado atrapalha, mas não é o principal fator para termos poucos jovens velejadores, já que existem barcos e disposição para ajudar para que surge uma dupla para suceder as duas em um futuro próximo: "É muito ruim não ter concorrência interna. Temos tanta experiência para passar, né? Será uma pena se, daqui a quatro anos, uma dupla começar e perder o gancho por falta de referência. Mas seguimos na luta para encontrar uma dupla que possa vir. Barcos não faltam"
Por fim, Martine citou a importância do Pan e que a competição será difícil: "As dominicanas estão bem fortes nas condições de vento que devemos pegar, e as argentinas sempre dão trabalho. Não viemos para passear. Tem pouca onda e bastante vento."
foto: Pedro Ramos/ Rededoesporte.gov.br
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