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Embalado, Filipe Toledo fala sobre 1º título após retorno, nota 10 em Margaret River e segunda metade da temporada

Foto: Andrew Shield/WSL


Após um ano fora do Circuito Mundial de Surfe, Filipe Toledo voltou a vencer na WSL na última semana na etapa de Gold Coast (AUS), uma vitória que significou muito pra ele. Além disso, o título lhe rendeu a sexta colocação no ranking, o passe do corte de meio da temporada e a possibilidade de lutar pelo tricampeonato mundial.

Nesta quinta, ele conversou com a imprensa sobre a última etapa, a nota 10 e os próximos passos na temporada. Confira abaixo 

Primeira vitória após o ano sabático

Filipe voltou a surfar nos Jogos de Paris 2024 e em temporada inteira retornou neste ano. Por isso, o título em Gold Coast foi tão significativo pra ele. Essa foi o seu primeiro título desde a vitória no WSL Finals em 2023 e ainda no aniversário de seu filho, o que deixou tudo mais especial.

"Foi momento muito especial. Tem todo um contexto muito grande por trás dessa vitória Não foi só em relação a ser dez anos depois, contra o Julian, uma revanche, foi o meu tempo parado e eu voltar e achar o ritmo de novo e vencer essa primeira etapa. Foi uma etapa importante para mim, para definir realmente a minha passagem pelo corte. Foi o aniversário do Conor, então teve muito significado, uma vitória de peso. Então, é muito bom poder sentir novamente essa sensação".

O brasileiro ressaltou que sempre esteve no modo competitivo e a vitória na última etapa mostrou que ele alcançou o ritmo após ficar 2024 fora. Bicampeão mundial, ele ficou feliz que passou o corte e vê a sua melhora no campeonato com uma vitória.

''Eu acho que esse Filipe sangue no olho estava sempre aqui, acho que foi questão de ritmo. É aquela coisa, eu vim de dois anos de muita porrada para poder conquistar os dois títulos e tirei 2024 para poder descansar e a galera continuou.

Eu sinto que eu não tenho obrigação nenhuma de provar nada para ninguém, de ter que ganhar mais títulos esse ano, de ter que ganhar algum evento. Foram as coisas se encaixando, foi a vontade de Deus, deu tudo certo. Então, é assim que eu estou levando esse ano. O que vier daqui para frente, passar o corte para mim já foi uma vitória muito grande. Vencer uma etapa foi uma vitória muito grande, sem dúvida nenhuma e se vier o WSL Finals, vai ser uma vitória maravilhosa e se vier o título, obviamente, é a cereja do bolo''. 

Busca pelo WSL Finals

Filipe fala em estar mais relaxado, mas sempre vem com tudo nas suas competições. Por isso que mesmo sem pensar em ranking, ele fala em dar o seu melhor para buscar o top-5 e o terceiro título mundial, mas se não der certo, feliz em estar de volta ao CT.

"Sinceramente não estou pensando em ranking,  não estou pensando em 'tenho que me classificar no Top 5, pro Finals 5' e eu acho que se for pra ser naturalmente as coisas vão acontecer, porque eu não vou mudar nada do que eu já fiz todos os outros ano. Claro que esse ano eu venho um pouco mais relaxado, mais tranquilo e foi o que eu falei, se for pra acontecer eu vou ser muito grato, vou dar o meu melhor, eu vou buscar realmente o título,  mas se não acontecer, eu estou feliz de poder estar de volta, de ter vencido uma etapa, passado do corte, de ter provado pra eu mesmo que eu ainda faço parte da elite mundial e dos melhores surfistas do mundo". 

Nota 10 na última etapa

Ele ainda comentou sobre a nota 10 que tirou em Gold Coast, sua 14ª na carreira. Segundo o surfista, a observação das ondas e da maré durante a janela ajudou no feito.

"Eu sabia que a maré já estava secando naquele momento e comecei a ver algumas ondas com potencial pra poder pegar um tubo e eu sabia que o tubo estava fazendo a diferença nas notas. Eu tinha assistido algumas baterias, vi alguns atletas pegarem um tubinho aqui, outro ali,  e isso ajuda muito na nota. Eu falei, cara, sem prioridade. Vou ficar ali mais pra dentro, vou tentar, né, de uma certa forma, jogar um jogo diferente do que o meu adversário espere que eu jogue, de ficar do lado dele, querendo marcar e, né, cuidando  com prioridade, com nada. Falei, cara, eu vou, vou tentar e ver... ele vai ver que eu estou um pouco mais afastado, de repente, vai falar, cara, tem que ficar mais perto dele pra não dar tanta chance e tal.

Então, desestabilizar, né, o adversário de alguma forma. E a estratégia acabou dando certo, né? A onda que eu visualizei, que eu acreditei que poderia acontecer, Deus mandou ela pra mim ali e foi engraçado, porque eu vi a onda  e aí eu falei, cara, será, não sei se eu vou, eu fiquei meio indeciso e de última hora eu decidi ir. Tanto que, se repararem, eu demoro um tempo ainda pra poder entrar na onda e eu entro de última hora já quase dentro do tubo, assim.

E foi o tempo perfeito pra eu poder ficar profundo o suficiente e aí sair e ainda conseguir mandar aquele aéreo. Sendo sincero, eu não sabia que a onda ainda estava tão cavada na hora que eu mandei o aéreo. Tanto que, quando eu aterrizo, eu aterrisso no lip da onda e depois ainda despenco, dou quase um outro aéreo pra base da onda. Eu acho que também fez com que a nota fosse parar no 10 e fosse unânime, porque o tubo já foi difícil, o aéreo foi mais difícil, a aterrisagem eu acho que botou só o checkzinho ali confirmado que foi um 10, porque foi bem difícil, a onda estava bem difícil, a leitura foi boa, então eu acho que, no meu nível de opinião, valeu o 10".

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