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| André Durão/COB |
A candidatura conjunta de Rio e Niterói devem fazer um acordo com a concorrente Assunção para ambos as candidaturas fiquem com os Jogos Pan-americanos de 2031 e 2035, respectivamente. É o que diz o secretário de esportes do Rio de Janeiro e coordenador do comitê de candidatura ao lado da vice prefeita de Niterói Isabel Swan, Guilherme Schleder, em entrevista ao portal UOL.
Segundo Guilherme, a candidatura brasileira deve tentar costurar um acordo de forma harmônica, sem disputas, com a candidatura paraguaia até agosto, quando a sede do Pan de 2031 será escolhida. Além de Assunção ficar com a sede de 2035, a intenção é que o Brasil apoie e ajude Assunção na sua candidatura para sediar os Jogos Olímpicos da juventude em 2030:
"Eu não tenho dúvida que Rio e Niterói estão mais preparados que Assunção, pelas estruturas já montadas e eventos que o Rio já sediou. Claro que outras cidades têm de ter oportunidades. Acho que, com Assunção, podemos conversar de receber os Jogos da Juventude em 2030 e, depois, pleitear o Pan de 2035... Daqui até agosto vamos conversar para poder, de maneira harmônica, trazer o Pan de 2031"
De acordo com o cronograma estabelecido pela Panam Sports, Rio/Niterói e Assunção têm até 30 de abril para atenderem novos requisitos estabelecidos pela entidade, como dossiês dos detalhes esportivos e de infraestrutura, além de uma taxa de 50 mil dólares, para se tornarem candidatas oficiais. A decisão final da sede acontecerá durante a Assembleia Geral da Panam Sports, com data e local a serem definidos. A previsão é que seja após os Jogos Pan-americanos júnior, em Assunção, que acontecem em agosto.
Guilherme também comentou das possibilidades das modalidades, como remo e vôlei de praia ficando em Niterói, maratona aquática e a prova de natação triatlo começando no Rio e terminando em Niterói ou vice versa e o Parque Madureira ser usado para as competições de skate: "O Parque Madureira tem uma pista de skate que pode ser usada no Pan. É uma área da cidade bem importante, então, estamos colocando todos esses espaços à disposição para, quando formos fazer a divisão, termos opções para as modalidades"
O secretário também falou sobre a preocupação do Comitê Olímpico do Brasil em carta aos prefeitos de Rio e de Niterói para não deixar custos após a disputa do Pan, coisas que os Jogos Olímpicos de 2016 - que levou sete anos para pagar as dívidas - e o Pan de 2007 - que tem uma dívida de 178 milhões de reais que até hoje não foi paga - deixaram de herança para o COB.
"Acho que ter um comitê independente, que não tenha nenhum passivo que possa trazer, e que também vai ser criado do zero, com responsabilidades para começar um Pan, adquirir orçamento, fazer os gastos e terminar no zero a zero, é importante porque você não puxa passivos do passado, e nem cria para o futuro, como ficaram algumas coisas de 2007. Isso facilita muito os Jogos de 2031"
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