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Michael Ritucci |
Edson Bindilatti está a caminho de mais uma olimpíada de inverno. Prestes a completar 46 anos, o piloto de bobsled ruma para sua sexta participação olímpica. Em entrevista com jornalistas no fim de 2024, com o Surto olímpico presente, Edson explicou que sua volta foi um pedido da Confederação Brasileira de Desportos no gelo para garantir o bobsled do Brasil na olimpíada:
"Mudaram as regras da Federação internacional, porque antes você podia qualificar só trenó 4-man ou só o 2-man para os Jogos Olímpicos. E agora para qualificar é um combinado de 4-man e 2-man. Os atletas jovens que vem vindo, Gustavo Ferreira, o André da Silva, eles ainda eles nunca pilotaram 4-man ainda. Então pela minha experiência e estar em atividade ainda, a CBDG pediu para eu voltar para a gente ter a qualificação limpa e mais: tentar um resultado histórico para a gente novamente. Então a gente acredita que pode fazer um resultado grandioso já nesses Jogos. E claro, o esporte é uma paixão minha e juntando as duas coisas, voltei com como se fosse um menino mesmo. E tanto é que a gente já vem mostrando que resultado. A idade é apenas um número, né?" disse Edson, que recentemente conquistou o tricampeonato da Copa América de bobsled.
Edson celebra o bom início de temporada de inverno, que começou mesmo com trenós defasados. Mas agora com um trenó novo, as coisas devem melhorar pois o equipamento é muito importante para tirar preciosos centésimos segundos na descida. E o grande teste será no mundial de Bobsled, que será em Lake Placid (USA): "A gente vai vir com força total, porque é o último grande evento antes dos Jogos Olímpicos. Então, vai ser uma forma do Brasil se apresentar pros outros times e claro, é, mostrar que a gente tem condições de chegar e fazer um grande resultado nos Jogos Olímpicos."
E Bindilatti não se esquivou da grande polêmica dos Jogos de Milão Cortina, até porque, ela envolve diretamente sua modalidade: O atraso crônico das obras da pista que será usada pelo Bobsled, Skeleton e Luge. Ele comentou que muita gente dentro da modalidade não acredita que a pista ficará pronta até março, data-limite para a homologação da pista, mas Milão-Cortina garante que ela estará pronta:
"Tá uma loucura muito grande, né? Porque a princípio não ia ter, não ia ser lá porque eles não iam construir a pista. Aí eles durante os preparativos resolveram construir. Mas pelo que estão vendo a construção, tem gente que não acredita muito que o Bobsled será lá em Cortina. Mas ainda tem chances que seja, até porque eles já fizeram o sorteio dos pilotos que vão homologar a pista em março. Então a gente tá nessa expectativa. Em março a gente vai ter certeza realmente onde que serão os jogos olímpicos para gente."
O Plano B para a pista seria Lake Placid, o que seria o melhor dos mundos para o Brasil segundo Bindilatti. Afinal, lá é onde fica a base do Bobsled brasileiro, e ele conhece a pista estadunidense como ninguém:
"Lá (Lake Placid) é na nossa casa, nossa home track. Então o campeonato mundial já vai ser lá, então a gente tem uma expectativa de grandes resultados no mundial justamente porque é nossa home track. E se a prova olímpica for lá, para a gente vai ser muito bom porque a experiência a gente tem e a possibilidade de fazer um resultado histórico para o Brasil na olimpíada de inverno seria grande"
Edson Bindilatti já viu muitas fases dos esportes de inverno e ao ser questionado como ele está vendo o Brasil com jovens valores em várias modalidades, ele demonstrou otimismo e confiança no futuro próximo:
"Eu acredito que o esporte de inverno vem crescendo muito, né? Não só de gelo, mas neve também. Tivemos aí um resultado grandioso nos jogos olímpicos da juventude no snowboard com o Zion (Bethônico), e agora a gente temos o Lucas (Pinheiro), que tá chegando aí forte também. Tem a Nicole Silveira no Skeleton, que vem fazendo grandes resultados em Copa do Mundo. E a ideia é essa, quanto mais resultados grandiosos aparecerem, mais possibilidades de trazer novos atletas. Então, esse é o nosso objetivo, de tentar fazer o máximo, para aparecer mais as modalidades, para que mais jovens tenham forças para chegar e fazer grandes resultados também." concluiu Edson
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