Foto: Divulgação/WSL |
Um dos melhores eventos esportivos para se assistir in loco, o Rio Pro, organizado pela World Surf League (WSL), recebeu na edição deste ano a presença majoritária de mulheres. Durante os dias 22 e 30 de junho, o público feminino invadiu a Praia de Itaúna, em Saquarema, no Rio de Janeiro, e totalizou 56% do público que frequentou a etapa brasileira do mundial de surfe, segundo mostram os números de um estudo finalizado pela EY. Em 2023, os homens foram maioria, sendo 53% dos visitantes.
O aumento no número de mulheres não é uma surpresa para a WSL, que investe bastante nas questões de equidade. Desde 2013, por exemplo, a liga apoia o progresso do surfe feminino, melhorando e aumentando os locais dos eventos em todas as categorias. Em 2019, igualou a premiação das mulheres com as dos homens e, em 2022, implantou um calendário combinado para elas competirem nas mesmas ondas do CT masculino. A partir de 2026, cada etapa passará a ser disputada por 24 surfistas.
Mas além de garantir oportunidade, a liga se preocupa também em trabalhar a imagem de suas atletas, como Tatiana Weston-Webb - prata nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 e terceira colocada no ranking deste ano, perdendo para Caroline Marks no WSL Finals disputado em Lower Trestles, na Califórnia - além de outros nomes como Tainá Hinckel, Luana Silva, entre outras, sempre na busca para inspirar futuras gerações de surfistas brasileiras.
O estudo apontou ainda que, além do predomínio feminino, a energia vibrante da etapa reuniu visitantes de todas as esferas, cada um optando por compartilhar o momento à sua maneira fosse ele entre amigos, família, em casal ou até mesmo sozinho. Segundo o relatório, 35% do público estava em grupos de amigos prontos para torcer por seus atletas favoritos. Logo atrás, com 33%, estão aqueles que participaram do evento com familiares. Os casais representaram 23% dos visitantes e 9% experimentaram o evento sozinhos.
“Ficamos contentes em perceber que as mulheres estão se envolvendo cada vez mais com o surfe, não só no âmbito esportivo, como também criando um interesse maior em participar e estar nos nossos eventos. Isso nos mostra que estamos no caminho certo. Também ficamos felizes em saber que o Vivo Rio Pro é capaz de reunir grupos de amigos, famílias e casais, o que mostra o efeito positivo de oferecermos atrações variadas e proporcionando entretenimento para todos os tipos de público que visitam a etapa”, afirma Ivan Martinho, presidente da WSL na América Latina.
Neste ano, a WSL apostou em diversas atividades para manter o público entretido, com show de drones na abertura, além de uma estrutura que contou com tirolesa, piscina de ondas, prancha mecânica, shows aéreos e vários tipos de apresentações musicais.
A etapa gerou resultados econômicos importantes, contribuindo com o progresso contínuo da região e proporcionando para a comunidade local geração de empregos, novos nichos de trabalho, desenvolvimento do comércio, qualificação, aumento do turismo, desenvolvimento de infraestrutura da cidade e a criação de um ambiente esportivo e cultural para o município. Em 2024, o impacto somente na cidade fluminense foi de R$159 milhões, com cerca de 350 mil marcando presença durante os nove dias de competição.
Outra preocupação constante da liga está relacionada com as ações de sustentabilidade, sendo que 99% dos resíduos acumulados foram reciclados. Alguns deles como, por exemplo, as lonas que não teriam mais utilidade, ganharam vida após passarem por um processo que gerou três abrigos de pontos de ônibus, todos instalados na principal avenida da cidade.
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