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Último dia de competições de pista do atletismo tem despedida de Milton Leite, três ouros para os Estados Unidos e reviravolta curiosa

Foto: James Lang/USA Today

Direto do Stade de France, a sessão de encerramento do atletismo de pista nos Jogos Olímpicos de Paris-2024, na França, coroou os Estados Unidos da América com dobradinha dourada nos revezamentos 4x400m masculino e feminino, além do 100m com barreiras feminino. No salto de altura, os EUA podiam ter dividido o ouro com a Nova Zelândia, mas o estadunidense negou e buscou o desempate, não ultrapassou o sarrafo e ficou a prata. Confira todas as finais desse sábado (10), que também contou com a saída de Miton Leite das narrações para cuidar da família.

Os grandes campeões do atletismo em Paris foram os Estados Unidos da América com 14 ouros, 11 pratas e 9 bronzes, somando 34 ao total, na segunda colocação, a Quênia tem 4 ouros e o Canadá completa esse pódio informal com 3 medalhas douradas. As últimas cinco medalhas, três de ouro, uma de prata e uma de bronze foram colecionadas neste última dia de competições.

Sendo o grande responsável por narrar a sessão atlética neste sábado (10), Milton Leite anunciou sua saída do grupo Globo após 19 anos, com oito olímpiadas narradas, o profissional informo que tomou a decisão em fevereiro e que vai focar em cuidar da família. Milton fará falta na transmissão esportiva brasileira, espero vê-lo pontualmente de volta a telinha para nos agradar com seu talento e conhecimento.

Os EUA venceram ambos os revezamentos por naipe nesse sábado (10), nos 4x400m masculino, o campeão dos 400m com barreiras Rai Benjamin, Cristopher Bailey, Vernom Norwood e Bryce Deadmon conquistaram honraria dupla ao baterem o recorde olímpico, que já era dos EUA, com a marca de 2:54.43 e vencerem o título da prova. Com o vice-campeonato e melhor tempo africano (2:54.53), a Botswana continua surpreendendo em Paris, terminando a apenas 0.10s dos grandes favoritos, tendo assumido a ponta até a primeira troca. Com o bronze, a Grã-Bretanha, que liderou o segundo período de prova, correu para o novo recorde europeu de 2:55.83.

Na prova feminina dos 4x400m, os EUA venceram a prova com a campeã dos 400m com barreiras feminino, Sydney McLaughlin-Verone, e as corredoras Shamier Little, Gabrielle Thomas, Alexis Holmes, com o recorde da América do Norte de 3:15.27. Mais de 4s atrás, os Países Baixos, da lenda Femke Bol, concluiu a prova em 3:19.27 para ficar com a prata, já a Grã-Bretanha repetiu o terceiro lugar dos homens e ficou com o bronze.

A coleção dourada dos estadunidenses aumentou com a conquista dos 100m com barreiras feminino, a velocista Masai Russell correu para 12.33, acima 0.07s do recorde olímpico, e se tornou a grande campeã da prova, mas a vitória veio no photo finish com a francesa Cyrena Samba-Mayela (+0.01s) e a porto-riquenha Jasmine Camacho-Quinn (+0.02s) realizando uma final histórica para a prova. A disputa pela quarta e quinta colocação rendeu até os milésimos, a neerlandesa Nadine Visser ficou apenas 0.003 a frente da estadunidense Grace Stark.

Foto: AP Photo/Matthias Schrader

Duas vitórias quenianas em provas longas também foram registradas, nos 800m masculino, Emmanuel Wanyonyi fez melhor tempo pessoal com 1:41.19 e ficou apenas 0.01s a frente do canadense, novo recordista da América do Norte, Marco Arop (1:41.20). O lugar mais baixo do pódio foi para o argelino Djmael Sedjati (1:41.50). Na prova feminina dos 1.500m, Faith Kipyegon ganhou o segundo ouro de Quênia, a atleta anotou uma nova marca olímpica de 3:51.29, ficando 1s a frente de sua rival australiana Jessica Hull (3:52.56). Finalizando o pódio, a bretã Georgia Bell conquistou o terceiro bronze do seu país no dia ao anotar corrida de 3:52.61, novo recorde nacional.

Duas provas não tiveram EUA ou Quênia como campeões, mas como vices. No salto em altura masculino, o australiano Hamish Kerr e o estadunidense Shelby McEwen empataram em todos os quesitos após passarem em 2.36m (recorde oceânico para Kerr e pessoal para McEwen) e falharem em 2.38m. O saltador da Austrália ofereceu uma divisão do ouro, algo que já aconteceu em outras oportunidades, mas o atleta estadunidense recusou, levando ambos a um salto de desempate em 2.34m, abaixo do saltado anteriormente. Hamish saltou sobre o sarrafo e Shelby, que não quis dividir a honraria, ficou com a prata. Bronze para o barenita Mutaz Essa Barshim com 2.34m.

A vez de Quênia ser vice foi nos 5.000 masculino, o norueguês Jakob Ingebritsen fez um início de prova mais conservador e não entrou no top-5, nos dois mil metros finais, ultrapassou os seus adversários e conquistou o título com tempo de 13:13.66. O queniano Ronald Kwemoi levou a prata para o continente africano, o atleta não ficou entre os dez primeiros até os mil metros finais, quando iniciou seu sprint e fechou a prova na segunda coloação com a marca de 13:15.04. O bronze foi de Fisher Grant, dos EUA, com 13:15.13.

Na única prova sem os dois grandes protagonistas da modalidade, o lançamento de dardo feminino coroou a japonesa Haruka Kitaguchi (65.80m) com a medalha de ouro, marcando o suficiente para o título em sua primeira tentativa, a sul-africana Jo-Ane Van Dyk (63.93m) conquistou a prata e a tcheca Nikola Ogrodnikova (63.68m) ficou com o bronze na prova de campo.

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