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Seleção de badminton tem ciclo com medalha inédita e almeja 1º pódio nos Jogos Paralímpicos de Paris

Foto: Divulgação/COB

 A Seleção de badminton paralímpico está com três atletas em Troyes, cidade a cerca de 160km de Paris e local de aclimatação de parte da delegação brasileira para os Jogos Paralímpicos, que acontecerão de 28 de agosto a 8 de setembro na capital francesa. 

O número representa um aumento na Seleção que representou o Brasil nos Jogos de Tóquio 2020, oportunidade em que a modalidade estreou no programa do evento e na qual apenas o paranaense Vitor Tavares, da classe SH6 (baixa estatura), defendeu as cores brasileiras na competição. 

Vitor, agora com 25 anos, retorna a uma edição dos Jogos após o quatro lugar na capital japonesa. Além da experiência no evento, o jogador também carrega para Paris o gosto de ter conquistado quatro medalhas em dois Mundiais disputados durante o ciclo. Foram três bronzes (dois individuais e um nas duplas masculinas) e uma prata (duplas masculinas) – a única do país em uma edição da competição. Nos Jogos de Paris, no entanto, o paranaense só disputará a chave de simples. 

“Eu mudei bastante durante o ciclo entre Tóquio e Paris. Mudei física, técnica e mentalmente. Estou mais amadurecido como atleta. Ganhei bastante bagagem no período, aprendi a lidar melhor com as situações e a enfrentar os meus atletas da maneira correta”, avaliou Vitor, do clube Curitibano-PR e que tem hipocondroplasia congênita, popularmente conhecida como nanismo. 

A vivência do atleta também será de grande valia para os outros dois jogadores que compõem a Seleção de badminton. O paranaense Rogério Oliveira, do mesmo clube de Vitor, explicou como o companheiro de equipe o tem ajudado em sua estreia nos Jogos Paralímpicos. 

“Ele tem me dado alguns toques e me deixado mais tranquilo. Está sendo maravilhoso viver tudo isso. Já disputei Jogos Parapan-Americanos [conquistou dois ouros – simples e duplas mistas – em Santiago 2023], vivo no badminton há 12 anos e, agora, vou deixar tudo em quadra para conseguir o melhor resultado para o meu país”, comentou o atleta, da classe SL4 (deficiência nos membros inferiores), que caiu de um muro na escola, aos 8 anos, e fraturou o fêmur direito – o que causou um encurtamento de 8cm no membro. 

Rogério, 23, é noivo da jogadora de vôlei sentado Edwarda Dias, conhecida como Duda. No Parapan, eles subiram ao lugar mais alto do pódio juntos no badminton. Nos Jogos de Paris, Duda foi convocada por sua modalidade de origem, pela qual tem duas medalhas paralímpicas de bronze e um título mundial. 

“Estou muito feliz por ela e tenho certeza que ela também está por mim. Hoje, estamos em caminhos diferentes, mas a nossa luta é diária. Um apoia o outro. Sempre trocamos mensagens. Nada é por acaso Se ela está no vôlei sentado, é porque forma com as outras mulheres uma equipe muito forte em busca do ouro. E eu me inspiro na Duda, nas duas medalhas que ela tem, para ganhar uma aqui também”, finalizou Rogério. A brasiliense Daniele Souza, 31, do Cetefe-DF e da classe WH1 (cadeirantes), também é estreante em uma edição dos Jogos Paralímpicos. Ela afirmou estar com um misto de sensações às vésperas do megaevento. “Começamos trenando muito forte e, depois, diminuímos o ritmo. Fui campeã parapan-americana na chave de simples e vou entregar o meu melhor em Paris em busca de um bom resultado”, concluiu a atleta, que teve uma infecção hospitalar quando nasceu e, aos 11 anos, apareceram algumas manchas por seu corpo. A infecção atingiu a sua coluna e causou paraplegia.

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