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Guia Paralimpíada Paris 2024: HALTEROFILISMO

Miriam Jeske/CPB


O levantamento de peso paralímpico é um dos poucos esportes que tem apenas uma classe. As outras modalidades costumam separar os atletas de acordo com o grau de funcionalidade, o que não é o caso. No halterofilismo, competem atletas com paralisia cerebral, lesão medular, amputados nos membros inferiores e com baixa estatura, todos juntos, sendo apenas separados por peso.

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Para considerar um levantamento válido, o atleta deve segurar o haltere com os braços estendidos até que o árbitro autorize o competidor a descer a barra e encosta-la no corpo, mantendo o peso parado. Ao fim, ele deve voltar o peso até a posição inicial. O movimento é acompanhado por três juízes, e pelo menos dois devem dar bandeira branca para validar o levantamento - duas bandeiras vermelhas invalidam. E diferente da versão olímpica, todos os atletas competem deitados, o considerado levantamento terra ou powerlifting

O esporte estreou nos Jogos em Tóquio-1964 e passou a adotar o sistema atual na edição de Barcelona em 1992. A China é a maior medalhista do halterofilismo com 84 medalhas, sendo 36 de ouro, seguida pela Nigéria e Egito.

O país participou pela primeira vez em Atlanta-1996 com Marcelo Motta. Já em Sydney-2000, Alexander Whitaker e João Euzébio foram representando o Brasil no masculino e Terezinha Mulato no feminino, foi a primeira mulher da delegação brasileira da modalidade. O primeiro pódio veio justamente em casa, no Rio de Janeiro em 2016, com Evânio da Silva conquistando a prata na categoria até 88kg. Em Tóquio, veio o primeiro ouro com Mariana D'Andrea.

CLASSIFICAÇÃO

Os atletas competem em classe única, divididos por categorias de peso corporal, assim como na modalidade olímpica. São disputadas dez categorias masculinas e dez femininas.

Masculino: 49kg, 54kg, 59kg, 65kg, 72kg, 80kg, 88kg, 97kg, 107kg, +107kg

Feminino: 41kg, 45kg, 50kg, 55kg, 61kg, 67kg, 73kg, 79kg, 86kg, +86kg

Evânio da Silva se emociona ao receber a medalha de prata na Rio-2016  - Foto: CPB

VOCÊ SABIA?

- Siamand Rahman se tornou o paralímpico mais forte do mundo na edição do Rio de Janeiro ao levantar um total de 310kg. Ele morreu em março de 2020 vítima de uma parada cardíaca e seu recorde até hoje não foi superado

- Entre as mulheres, a mais forte é Josephine Orji da Nigéria, que levantou 160kg


BRASILEIROS EM PARIS-2024

Masculino: Ezequiel Correa (72kg),  Ailton Souza (80kg), Evânio da Silva (88kg) e Matheus Assis (107kg)

Feminino: Lara Lima (41kg), Maria Rizonaide (50kg), Ana Paula Marques (61kg), Maria Castro (67kg), Mariana D'Andrea (73kg), Caroline Fernandes (79kg) e Tayana Medeiros (86kg)

Programação

4/9 - 41kg (F)

5/9 - 50kg (F)

6/9 - 72kg e 80kg (M) e 61kg e 67kg (F)

7/9 - 88kg (M) e 73kg e 79kg (F)

8/9 - 107kg (M) e 86kg (F)


Mariana D'Andrea vai buscar o bi paralimpico (foto: Marko Djurica/Reuters)


Análise (por Marcos Antonio):

O Halterofilismo brasileiro pode ser considerado emergente, com bons nomes com chances de pódio - principalmente no feminino. Campeã paralímpica, Mariana D'Andrea é o grande nome e luta pelo bi. Lara Lima e Tayana Medeiros são bons nomes briga pelo pódio. Ailton Souza e Evânio da Silva - primeiro medalhista paralímpico do Brasil na modalidade - são outros nomes que podem surpreender. Paris vai ser a grande chance de mostrar a força do halterofilismo brasileiro e que vai crescer ainda mais nos próximos anos.


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