(Miriam Jeske/CPB) |
Apesar de ser disputado de forma oficial desde 1989, com o seu primeiro mundial, o paratriatlo ainda é novo no programa paralímpico. O esporte foi aprovado pelo IPC (Comitê Paralímpico Internacional) em 2016 e estreou nos Jogos do Rio no mesmo ano. Quem organiza as competições é a World Triathlon, a mesma das competições olímpicas.
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Atletas de vários tipos de deficiência podem disputar o paratriatlo, com cinco classes para deficiências. m deficiências físico-motoras e paralisia cerebral e uma para deficiência visual (parcial ou total).
Há cinco anos, as categorias PT1 (apenas os homens), PT2, PT4 e PT5 (apenas as mulheres) fizeram parte do programa paralímpico. Os Estados Unidos levaram dois ouros. Países Baixos, Grã Bretanha, Alemanha e Austrália são os outros países que já se consagraram campeões paralímpicos da modalidade
Nos jogos paralímpicos, os atletas competem em uma prova de distância de sprint de para triatlo com 750 metros de natação, 20km de bicicleta usando handbikes , bicicletas ou bicicletas tandem com um guia e uma corrida de 5km em cadeira de rodas ou corrida.
Os Estados Unidos são os maiores vencedores do paratriatlo com 9 medalhas, sendo 5 de ouro. Grã Bretanha e Países Baixos completam o pódio do quadro de medalhas geral. O Brasil ainda busca sua primeira medalha olímpica na modalidade, com o quarto lugar de Jéssica Messali na classe PTWC como o melhor resultado do Brasil em Jogos Paralímpicos
CLASSIFICAÇÃO
A partir de 1º de janeiro de 2017, a União Internacional de Triathlon (ITU) adotou um novo sistema de classificação. A modalidade conta com seis classes diferentes, cinco delas com deficiências físico-motoras e paralisia cerebral e uma para deficiência visual (parcial ou total).
O atual sistema é composto por um método de pontuação que leva em conta a deficiência e mobilidade do atleta. O processo precisa ser feito por classificadores homologados pela ITU..
PTWC - Cadeirantes competem na PTWC. Utilizam handcycle e cadeira de rodas para corrida. A classe ainda é dividida nas subclasses PTWC1 (deficiências mais severas) e PTWC2 (menos severas).
PTS2, PTS3, PTS4 E PTS5 - Atletas com deficiências físico-motoras e paralisia cerebral andantes competem nestas classes, sendo a PTS2 para deficiências mais severas e PTS5 para deficiências mais moderadas.
PTVI - Classe destinada a triatletas cegos. As subclasses seguem as definições da IBSA (Federação Internacional de Esportes para Cegos), Ou seja, são divididos em PVTVI1, PTVI2 e PTVI3 com 1 sendo para cegos totais, 2 baixa visão e 3 cegos parciais
VOCÊ SABIA?
- Os atletas paralímpicos podem receber apoio ao saírem da água após a conclusão do primeiro segmento e também receber assistência ao coletarem seus equipamentos em zonas de pré-transição. O apoio também é dado para levantar os atletas para dentro e para fora das cadeiras de corrida ou bicicletas, trocar as roupas de mergulho e ajudar a estacionar as bicicletas após a fase de pedal.
- Os guias dos atletas do PTV não estão autorizados a liderar seus atletas por mais de meio metro na natação.
BRASILEIROS EM PARIS-2024
PTWC - Jéssica Messali
PTVI - Letícia Freitas
PTS5 - Ronan Cordeiro
1º/9, 5:10 - Final PTS5 (M)
2/9, 3:25 - Final PTWC (F)
2/9, 5:10 - Final PTVI (F)
Análise (Por Marcos Antonio)
Em Tóquio-2020, o paratriatlo brasileiro teve grande atuação com quatro top10, mas a medalha não veio. Em Paris a expectativa é de que os triatletas brasileiros continuem na briga pelo pódio. Jéssica Messali e Ronan Cordeiro tem as melhores chances de pódio, mas Letícia Freitas também está na briga para dar esta medalha inédita para o Brasil.
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