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Guia Paralimpíada Paris 2024: CICLISMO

(Miriam Jeske/CPB)

O Ciclismo é uma modalidade realizada com a bicicleta e praticada por atletas, de ambos os sexos, com deficiência física e deficiência visual. Paralisados cerebrais, amputados e lesionados medulares (cadeirantes) competem no ciclismo adaptado. Obedecendo às regras da União Internacional de Ciclismo (UCI), a modalidade tem apenas algumas diferenças para adequar-se ao programa paralímpico. As provas são divididas entre competições de pista (velódromo) e competições de estrada. No Brasil, quem rege a modalidade é a Confederação Brasileira de Ciclismo (CBC).  

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Enquanto o ciclismo de estrada foi implementado em Stoke Mandeville/Nova York-1984, as provas de pista só entraram no programa paralímpico em Atlanta-1996. Desde então, o número de eventos tem aumentado a cada ano, chegando a 17 nas provas de pista e 34 em provas de estrada.

Os atletas podem competir em quatro tipos de bicicleta, de acordo com a deficiência: convencional, triciclo (para atletas com paralisia), tandem (bicicleta de dois lugares para atletas com deficiência visual e seu guia) e handbike (para atletas com lesão medular). 

A Alemanha é a grande medalhista na modalidade, com 56 medalhas e 21 ouros. Estados Unidos e Grã-Bretanha completam o top3.

A estreia brasileira na modalidade em Jogos Paralímpicos ocorreu em Barcelona-1992, com a participação de Rivaldo Gonçalves Martins. O atleta foi também o primeiro do país a ser campeão mundial, em 1994, na Bélgica. Já a primeira medalha paralímpica veio com Lauro Chaman nos Jogos do Rio-2016. Na ocasião, ele conquistou dois pódios, sendo uma prata e um bronze. Até hoje, são as duas únicas medalhas do Brasil na modalidade na história da competição.


Entre as bicicletas utilizadas nos Jogos Paralímpicos, a handbike é o único tipo que é impulsionado pelas mãos (Foto: Saulo Cruz/Exemplus/CPB)

CLASSIFICAÇÃO

Os ciclistas são divididos em quatro grandes grupos de classes que são subdivididas pelo grau de severidade da deficiência. As que começam com H (H1, H2, H3 e H4) tem ciclistas que se posicionam deitados no banco da bicicleta. Na H5, ficam ajoelhados e usam, também, a força do tronco para impulsionar a bike.

Atletas da T1 são mais debilitados que os da T2 e, os dois grupos, andam de triciclo. Nas classes C1 a C5, quanto menor o número, mais debilitado é o atleta. E, por fim, na B, exclusiva dos atletas com deficiência visual, uma dupla pedala.

H1 a H5 - Atletas que têm comprometimento em membros inferiores e não conseguem pedalar com as pernas. Usam uma bicicleta chamada handbike e “pedalam” com as mãos. Na classe H5, os atletas “pedalam” ajoelhados, sentados ou em pé sustentados pelo coto, no caso dos atletas com amputação bilateral.

T1 e T2 - Atletas com comprometimento locomotor e, devido à falta de equilíbrio, necessitam usar um triciclo para pedalar em segurança.

C1 a C5 - Atletas que possuem comprometimento em membros superiores e/ou inferiores, mas conseguem pedalar com as pernas. Usam a bicicleta modelo Speed.

B - Direcionada para atletas com deficiência visual. Para poderem pedalar, os atletas usam a bicicleta de modelo tandem (bicicleta dupla) na qual um atleta com visão, chamado de piloto, pedala no assento da frente, enquanto o atleta com deficiência visual pedala no assento de trás.


VOCÊ SABIA?

- Em Londres-2012 e Tóquio-2020, o ciclismo estrada foi disputado em autódromos (2012 foi em Brands Hatch e 2021 foi no Fuji Speedway)

- Ciclistas em eventos de velocidade nas provas de pista podem exceder velocidades de 60 km/h.


BRASILEIROS EM PARIS-2024

C1 -  Carlos Alberto Gomes

C2 - Sabrina Custódia

C5 - Lauro Chaman

H3 - Jady Malavazzi e Mariana Garcia

H4 - Ulisses Freitas


Programação

Ciclismo Estrada

29/08 - C1-3 perseguição individual 3000m (F) e C1 perseguição individual 3000m (M)

30/08 - C4-5 contrarrelógio 1000m (M)

31/08 - C1-3 contrarrelógio 500m (F), C1-3 contrarrelógio 1000m (F) e C5 4000m perseguição individual (M)


Ciclismo pista

04/08 - Contrarrelógio (C1-3, C1, C5, H1-3, H4)

05/08 - Prova de estrada H1-4  (F) e H4 (M)

06/08 - Prova de estrada C4-5 (M)

07/09 - Prova de estrada C1-3 (M/F)

Lauro Chaman vai buscar medalhas tanto no ciclismo pista quanto no estrada (foto: Marco Antonio Teixeira/CPB)


ANÁLISE (Por Marcos Antonio)

Dono das únicas medalhas paralímpicas do Brasil na modalidade, Lauro Chaman se mantém como principal esperança de medalhas. Presente nas duas provas, as suas chances são maiores nas provas de estrada, ele deve brigar pelo pódio tanto na prova de estrada quanto no contrarrelógio. Sabrina Custódio e Jade Malavazzi são nomes que podem surpreender e faturar uma medalha.

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