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Capas e guarda-chuvas: o (não) glamour da abertura dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. Foto: (AP Photo/Thibault Camus) |
Vivenciar um momento histórico que ficará gravado nas telas e nos jornais. Se, em Tóquio, apenas atletas e organização puderam viver isso in loco, em Paris esta frase foi ressignificada com uma conotação positiva: o retorno do público à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. E este momento foi marcado pelo fato inédito de um espetáculo fora de um estádio pela primeira vez desde o início dos Jogos modernos, iniciados em 1896, em Atenas.
O Surto Olímpico esteve presente na cerimônia e pode conversar conversar com alguns espectadores brasileiros presentes às margens do rio Sena, por onde as delegações dos países participantes desfilaram ao longo de 6 km, antes do show de luzes na Torre Eiffel e acendimento da pira olímpica.
Como em todo evento de grande porte, experiências positivas e negativas foram relatadas por aqueles que o presenciaram: para um casal de brasileiras que vivem em Londres e são apaixonadas por aberturas de Jogos Olímpicos, os aplicativos oficiais da organização auxiliaram na entrada do local e todos os voluntários foram muito solícitos. No entanto, as paulistas Jane e Rosângela não tiveram a mesma sorte: viram uma pessoa desmaiar na fila e esperaram duas horas para conseguir entrar.
Apesar das experiências distintas no acesso, as quatro mulheres ressaltaram o quanto estavam contentes de vivenciar aquele momento e as altas expectativas que tinham tanto para a cerimônia de abertura e quanto para o desempenho do Time Brasil ao longo dos Jogos.
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Ao som alto da torcida brasileira presente, a delegação brasileira desfilou no Sena. Foto: Alexandre Loureiro/COB |
Se antes da abertura qualquer estresse na entrada era posto em segundo plano pela promessa de um evento espetacular, por volta das 20h30 (horário local) a chuva e o vento persistentes foram grandes vetores para que espectadores começassem a deixar o local.
Pai e filha, Renato e Isabelle, estavam entre eles. Para Renato, o evento foi decepcionante: "Esperava muito mais pelo valor que foi cobrado. Pela forma que eles organizaram, totalmente sem informação alguma, andamos em três ruas para conseguir achar a entrada. Não tinha placa explicativa, não tinha pessoas explicando. Ficamos nas tribunas, nos lugares mais caros que tinha, totalmente sem conforto, apertados, sem estrutura. Começou a chover, acabaram rapidamente as capas, por isso que a gente tá indo embora", disse na saída, ainda restando mais de três horas de cerimônia.
Apesar do desapontamento de Renato e Isabelle e de muitos outros torcedores que estavam no Sena, o show de luzes na Torre Eiffel na parte final do desfile, o acendimento da pira olímpica como sempre simbólico e a emocionante apresentação de Celine Dion cantando as letras de Édith Piaf geraram imagens que rodarão o mundo nos próximos dias e semanas. Imagens que ficarão gravadas nas telas e nos jornais. E serão lembradas de maneiras completamente diferentes por aqueles que estiveram presentes, seja no Sena, na Torre ou no sofá da sala.
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