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Jade Barbosa celebra nível da ginástica brasileira e espera viver bons momentos em Paris-2024: "Se o pódio vier, vou ficar super grata"

Ricardo Bufolin/CBG


Jade Barbosa vive um momento de gratidão para com a ginástica artística. A ginasta de 32 anos, uma das líderes da seleção feminina que pinta como uma das candidatas ao pódio em Paris, atendeu a imprensa durante um dia de treinamentos no CT da ginástica na última sexta (1). Ao Surto olímpico, Jade falou sobre suas expectativas sobre Paris:

"A questão da medalha olímpica, é claro que todo atleta gostaria de ter uma. Eu já trabalhei muito duro e ela não veio,mas tenho certeza que eu dei tudo que eu podia. É claro que a gente está indo para Olimpíada em outro cenário agora, e se (o pódio) acontecer, eu vou ficar super grata. E se não vier, eu tenho certeza de que a gente trabalhou da melhor forma." 

E Jade conta com o orgulho da realização que ela está tendo em ver o nível que a ginástica artística brasileira feminina está atingindo, frutos de conhecimento adquiridos de muitos treinadores e que segundo ela, fez o Brasil ter o seu próprio estilo na modalidade:

"Eu até me considero que fui cobaia de muitas gerações (risos), a gente pegou muitos treinadores diferentes, e eu fui pegando um pouco de cada um. Mas acho que neste ciclo (de Paris) foi a primeira vez que nós conseguimos realmente pegar todos os conceitos aprendidos e fazer a nossa escola brasileira de ginástica, fazer um trabalho individualizado, que potencializou as características de cada ginasta, que chegaram no seu auge ao mesmo tempo no último mundial. E isso é realmente dificil na ginástica, por isso essa é uma medalha muito querida para todas."


Jade com a seleção brasileira medalhista de prata no último mundial (foto: Ricardo Bufolin/CBG)

Após os Jogos Olímpicos de Tóquio, onde ficou o sentimento dúbio de não ver a equipe feminina classificada e Rebeca Andrade brilhando, Jade revelou que toda a equipe fez uma avaliação do deu certo e oque deu errado, um planejamento que foi crucial para os bons resultados no ciclo olímpico de Paris.  E els espera repetir o que deu certo na preparação do último mundial para a seleção poder brilhar em Paris:

"Foi realmente um ciclo mais curto, mas a gente teve um ótimo aproveitamento até o mundial do ano passado. Por isso que eu acho que eu gostaria de fazer para esse ano da mesma forma que a gente fez no ano passado, cada uma comprometida com o que tem que fazer, já que esse trabalho individualizado ajudou bastante."


Mais experiente e uma das líderes da seleção, Jade Barbosa vê que seu status se deu de forma orgânica e agradece a Daiane dos Santos e Daniele Hipólito por ensinarem a ela essa liderança de forma tão natural: 

"Eu tive a Daiane e a Daniele me orientando por muitos anos. Eu tinha 13 anos quando entrei na seleção e elas já tinham 20, 21 anos, quase a mesma diferença que eu tenho para a rebeca e para a flavinha e a Rebeca.  Eu chegava em um mundial e ficava muito deslumbrada porque a gente não tinha redes sociais naquela época como tem hoje, e eu não sabia o que o mundo fazia, os treinos...Eu cheguei no primeiro mundial e ficava babando nas ginastas de fora, nas chinesas, romenas, era algo que eu nunca tinha visto tão próximo. Então elas me davam todo o feedback do que tava acontecendo e como eu precisava me portar, tudo de forma muito natural, algo que levei para minha carreira e minha vida"

Jade avaliou sua carreira e se mostrou bastante realizada com tudo que passou. Por isso, ela só pede que Paris lhe traga bons momentos como ela teve nas olimpíadas de Pequim e Rio de Janeiro, as quais participou:

Jade durante Pequim-2008 (Foto: Reuters)

"Eu acho que eu fui uma atleta muito abençoada pelo esporte. Eu já tinha medalhas em mundiais no individual, eu consegui minha medalha por equipes que eu queria muito. Pude competir um Pan-americano e uma Olimpíada na minha cidade, com a minha família assistindo, algo que muitos atletas gostariam de ter tido essa oportunidade." disse Jade, revelou um grande desejo seu que está perto de se realizar, segundo ela:

"Mas hoje eu vivo uma realização bem grande no esporte, por ver em qual nível a ginástica brasileira chegou e o que a gente tem de estrutura para oferecer para as próximas gerações. Eu sempre quis popularizar o esporte no Brasil e acredito que a gente está a caminho disso." concluiu


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