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| Monteiro em coletiva no Rio Open. Foto: Matheus Maia/Surto Olímpico |
Monteiro iniciou comentando sobre o esperado confronto contra o espanhol Carlos Alcaraz, na primeira rodada: "Acho que eu vejo como realmente uma nova grande possibilidade, acho que poder estar jogando com esses grandes jogadores do circuito mundial, é o que a gente treina para estar tendo esses tipos de confrontos com mais frequência. O Alcaraz, todo mundo sabe, é o fenômeno novo, já ganhou dois Grand Slams, já foi número 1 do mundo, é a grande atração do evento e ao mesmo tempo, eu sinto que estou bem preparado, sinto que eu sempre me jogo muito bem aqui no Rio, gosto da atmosfera, gosto da torcida."
"Ele (Alcaraz) é muito querido aqui também, então não sei se a torcida vai estar dividida ou se eu vou estar conseguindo estar jogando com a galera também, mas eu acho que é realmente aproveitar essa oportunidade de melhor forma, acreditar nas minhas chances, tentar estar jogando solto sem ter uma pressão desnecessária para poder estar podendo aplicar o meu melhor tênis. Venho com confiança, com o confronto que tive da Davis, com as últimas semanas de treino, me sentindo saudável novamente, então realmente é tentar colocar tudo isso em prática no jogo e desfrutar da melhor forma", completou Thiago.
Sobre a surpresa de enfrentar o temido espanhol, cabeça 1 no Rio Open, Monteiro contou uma história engraçada: "A chave saiu ontem à tarde, eu treinei até umas duas e pouquinho, e aí eu fui almoçar e vieram meus treinadores, bem na hora tinha acabado de sair (a chave), a gente recebeu um e-mail, então na hora acaba mostrando alguns nomes, não mostra a chave direito, mostra só os nomes pelo e-mail da ATP, e aí o meu treinador falou, você joga contra qualifier, aí eu falei, tá bom, aí eu peguei aqui e fui abrir a chave pra ver quem os brasileiros jogavam, e aí meu jogo era com o Alcaraz, eu falei, como assim o qualifier? Jogo contra o Alcaraz. Ele falou, mas não tem bye? Não, é o Alcaraz."
O brasileiro antecipou sua partida com Carlos: "Não dá pra realmente escolher com quem você quer jogar em um torneio dessa magnitude tão grande, tão duro. Então realmente vi com uma excedente oportunidade, vai ser um jogo na terça-feira, provavelmente à noite, quadra lotada, uma atmosfera fantástica. Então realmente é aproveitar esse tipo de ambiente de estar jogando em casa contra um jogador que dispensa comentários e ir num grande evento que eu sempre gosto de estar competindo."
"Eu tenho treinado aqui no Rio, voltei a morar aqui no Rio no final do ano passado e são as condições que eu gosto, é uma quadra um pouco mais lenta, na verdade a quadra não é tão lenta, quando está sol ela fica um pouquinho mais rápida, mas ao mesmo tempo a bola fica lenta, então fica uma boa sensação de se jogar. A noite é um pouco mais lenta, mais úmido, mas é uma condição que eu sempre gostei, eu vim de Fortaleza, que também é muito úmido, depois treinei no sul, que em Balneário Camboriú, que no verão também era sempre úmido, então são condições que eu gosto, acho que está bem parecido com os outros anos, parecido também com a semana passada que eu joguei no Buenos Aires, e acho que não teve muita diferença dos outros anos, é uma condição que eu gosto. Eu já treino, eu já moro aqui, e veio me sentindo bem", respondeu Thiago ao Surto Olímpico.
Para sua estratégia frente ao dois do mundo, o cearense com oito edições de chave principal de Rio Open disse, "É muito uma preparação mental realmente de acreditar que é possível sair com a vitória, por mais que não seja favorito, por mais que ele seja um grande jogador, me apegar nas coisas positivas que ele tem. Que eu venho fazendo, me apegar na confiança que eu vou construir no treino a treino, em cada jogo, entrar realmente pra bater de frente na medida do possível ali no decorrer da partida, de competir da melhor forma, de aproveitar as chances que vão aparecendo"
"É tentar estar mantendo isso por o maior tempo possível pra realmente incomodar e começar a fazer ele pensar um pouco mais e ele sentir que realmente eu sou uma ameaça no jogo falando, então não tentar deixar ele solto, confortável, porque aí realmente ele flui o jogo e é um cara que realmente joga em um nível muito alto, ao mesmo tempo vi que ele acabou perdendo na semifinal de Buenos Aires, então acho que também já afeta um pouquinho a confiança dele e também já me dá um pouco mais. De confiança e de saber que ele é 'batível', então é me apegar nessas coisas, me apegar no que eu venho planejando com o meu treinador, com a minha equipe e ao mesmo tempo pelo ambiente também que sempre me faz subir meu nível aqui jogando no Rio Open e competir da melhor forma", completou o fortalezense.
Sobre a caminhada de volta ao top-100, Thiago afirmou que será um trabalho árduo, "acho que eu vejo muito pelo lado da motivação mesmo, de realmente sentir onde tá meu nível contra esses grandes jogadores, de saber se o caminho que estou percorrendo é o caminho certo ou quantas coisas eu ainda preciso estar evoluindo para estar retomando a esse alto nível, top 100, a me consolidar novamente nos ATPs. Ultimamente sinto que vêm fazendo bom trabalho, sinto que vêm competindo bem."
"Tive boas vitórias ali no final do ano passado, acho que desde o challenger de Campinas (SP) com título, tive um bom resultado no Pan-Americano que não dá ponto, mas foi uma boa semana, aí fiz mais uma final, acabei me lesionando, mas o início desse ano também já começou bom, com uma boa classificação pelo Brasil nos finals (da Davis), então sinto que o trabalho vem sendo gradativamente positivo e a tentar não se apressar, que as coisas ocorram da maneira que eu quero, realmente é deixar o processo fluindo, acreditar no dia a dia", concluiu o brasileiro.
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