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Foto: Instagram/CBDA |
A nadadora gaúcha Viviane Jungblut conquistou neste sábado (3) a vaga olímpica nos Jogos de 2024, em Paris após ficar em 14º lugar na prova da maratona olímpica de 10km no Mundial de Esportes Aquáticos, que está sendo realizado em Doha (QAT).
Mas até onde essa vaga realmente está garantida?
Seguindo o regulamento da World Aquatics para a qualificação, as 13 primeiras colocadas se classificariam para os Jogos Olímpicos. Além disso, a França teria direito a uma vaga, por ser o país sede.
Além dessas vagas, também cada continente ganha uma vaga. África, Américas, Ásia, Europa e Oceania.
Viviane terminou em 14º, fora das vagas diretas. Para classificar, ela precisou da "ajuda" da França. Caroline Jouisse (7º) e Oceane Cassignol (10º) ficaram dentro das vagas e assim abriram a vaga do país sede que foi realocada.
No regulamento, a vaga vai para a primeira fora das 13 classificadas. Ou seja, em tese, Viviane Jungblut.
Mas o coach Alex Pussieldi, no instagram da Swim Channel, fez algumas ponderações sobre essa vaga e a falta de clareza do regulamento.
Pussieldi mencionou que o artigo F2 do regulamento diz que a vaga de país sede será realocada para a melhor nadadora de um país que não tinha ainda vaga. Ou seja, para a nadadora da Grã-Bretanha, Leah Crisp. Entretanto, a World Aquatics confirmou a vaga para Viviane, segundo o globoesporte.com. Então até o momento, a vaga é da brasileira.
O segundo problema é a ordem de prioridade de vagas. Se for a prioridade de continentes, a configuração de vagas será uma. Se for a da realocação da vaga do país sede, a configuração é outra. Se a prioridade for dos continentes, a vaga da Europa vai para a britânica. Caso seja a da realocação do país sede, a vaga da Europa seria da alemã Jeannette Spiwoks.
Outra polêmica é a vaga da Oceania. Do continente, apenas a Austrália enviou atletas para a prova, ou seja, ela está sobrando e o regulamento da qualificação não especifica o destino da vaga e como será.
A World Aquatics tem cinco dias para anunciar as atletas que estão classificadas e os comitês olímpicos tem duas semanas para confirmar a participação nos Jogos e a World Aquatics tem mais três semanas para oficializar a lista.
De acordo com o Coach, a omissão da World Aquatics no regulamento pode causar ações na justiça pelas vagas, inclusive com a brasileira correndo risco de perder essa vaga.
Esse é mais um capitulo em que a federações internacionais fazem regulamentos das qualificações confusos e pouco claros, dando brecha para varias interpretações, inclusive o risco de judicialização.
Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos.
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