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Surto Opina: Uma dupla candidata a medalha olímpica

Bia e Luísa já em Abu Dhabi para o torneio
Foto: Reprodução/X

Por Wanderson Ferreira


Quando entrarem em quadra para o WTA 500 de Abu Dhabi, Luísa Stefani e Beatriz Haddad Maia cumprirão um desejo de quase todos os fãs do tênis na terra brasileira. Desejo que nasce de bons resultados que as destacaram entre as melhores duplistas da atualidade.

Luísa Stefani, número 14 do ranking de duplas, campeã de slam em dupla mista, vencedora de 1 WTA 1000 e 3 WTA 500 na carreira, medalhista pan-americana e medalhista olímpica. A duplista que se destaca pelo vistoso estilo de jogo de saque-e-voleio e uma pressão constante na rede vem desde 2020 na sua escalada pelo ranking de dupla e desde 2021 desponta como uma possível número 1 do mundo na sua modalidade. Beatriz Haddad Maia, número 20 do ranking de duplas, finalista de slam, campeã de WTA 1000 e outros 2 WTA 500 na carreira, além da conhecida carreira em simples com final de WTA 1000, semi de slam, título do Elite Trophy Finals. Aliando solidez de fundo com capacidade de fazer golpes contundentes, Beatriz vem quebrando recordes pessoais e nacionais na carreira.

A seu modo e não só por elas, ambas vem redimensionando o tamanho do tênis brasileiro no cenário mundial. E devem formar a melhor reunião de talentos que uma dupla brasileira já mandou à uma olimpíada. Lançar essa dupla nas quadras do complexo de Roland Garros é uma quase certeza, mediante o bom encaixe que as duas já demonstraram. O detalhe do encaixe é muito importante, afinal uma nação pode ter até líderes do ranking mundial, porém o bom ajuste e entrosamento em quadra é que faz um time nascer e competir.

Krejcikova e Siniakova após um título
Foto: Jimmie48/WTA

Luísa e Bia formam a dupla brasileira para a Billie Jean King, o que indica a confiança do Time Brasil nelas como dupla. Infelizmente, o formato naquela competição estabelece o jogo de duplas apenas para fechamento amistoso de confronto ou desempate decisivo, o que faz com que suas últimas partidas foram tenham sido em 2019. Com 4 torneios, 8 vitórias e 3 derrotas, 2 finais com um título.

A confiança na dupla é justificada no fato de que nos últimos anos, Luísa e Bia (cada uma com suas parcerias) venceram duplas de gabarito do circuito e potenciais adversárias do sonho olímpico como Garcia/Mladenovic, Gauff/Pegula, Krejcikova/Siniakova, Siniakova/Vondrousova, entre outras. Pode se afirmar que o ciclo isolado e o promissor encaixe de Luísa e Bia as coloca como candidatas à segunda medalha brasileira do tênis, correndo pouco abaixo de duplas consolidadas e de duplistas em alto nível, mas com capacidade de competir e vencer. 

As brasileiras chegam à Paris bem habituadas a confrontar suas rivais, embora o conhecimento faça pouco diante do elemento imponderável numa partida de duplas - novamente decididas em match tiebreak. Como vimos bem em Tokyo, a confiança no encaixe olímpico pode suplantar as hierarquias de ranking. Porém, independente do resultado que as quadras duras de Abu Dhabi mostrarem, Luísa e Bia têm todo o potencial para brigarem por pódios na Phillip Chatrier.

Demi Schuurs e Luísa Stefani durante uma partida
Foto:Instagram/knlttoptennis


1 Comentários

  1. Concordo plenamente. Será empolgante vê-la jogando juntas novamente agora que estão mais maduras e experientes. (OBS: "Luisa e Bia têm..." - o verbo "ter" leva acento agudo no plural). ABRAÇOS

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