Campeão olímpico em Tóquio-2020, Daniel Alves é condenado a quatro anos e meio por agressão sexual

D.Zorrakino. POOL / Europa Press

O ex-jogador de futebol Daniel Alves, campeão olímpico com a seleção brasileira de futebol em Tóquio-2020 foi condenado a quatro anos e meio por agressão sexual - termo que abrange todos os tipos de violência sexual na lei espanhola . O anúncio da pena aconteceu nesta quinta (22) em Barcelona (ESP) e cabe recurso por ambas as partes. 

Segundo a sentença aplicada pela juíza Isabel Delgado Pérez, Daniel terá um período de cinco anos de liberdade vigiada após cumprir a pena, sem poder se aproximar da vítima e nem entrar em contato com ela, além de pagar uma indenização de 150 mil euros por danos morais e pagar as custas do processo - que segundo o portal UOL, o pagamento teve a ajuda da família do jogador Neymar, que cedeu um dos advogados que representam a família para ajudar Daniel em sua defesa.

"O tribunal considera provado que o acusado agarrou abruptamente a denunciante, a jogou no chão e, a impedindo de se mexer, a penetrou pela vagina, apesar de a denunciante ter dito que 'não, que queria ir embora'. E entende que isso cumpre o tipo de ausência de consentimento, com uso de violência, e com acesso carnal” , diz um trecho da decisão.

Daniel Alves foi acusado de agredir sexualmente uma mulher de 23 anos no banheiro de uma boate em Barcelona. Ele foi detido no dia 20 de janeiro de 2023, quando compareceu para um depoimento. Desde então, o lateral está no Centro Penitenciário Brians 2, nos arredores de Barcelona, quando era jogador do Pumas do México.  Durante o período preso, Daniel apresentou cinco versões diferentes para provar sua inocência, enquanto a vítima manteve sua versão do início ao fim do processo.

Preso preventivamente na Espanha há 13 meses, período que será abatido na pena, Daniel Alves não esteve presente durante a leitura da sentença. Na saída do tribunal, a defesa afirmou que vai recorrer da sentença enquanto a promotoria comemorou a condenação.