Últimas Notícias

Atleta paralímpico do Tiro Esportivo é suspenso por doping

Atletas paralímpicos em pratica do Tiro Esportivo Paralímpico. - Foto: Wagner Meier / IPC


O Comitê Paralímpico Internacional (IPC) suspendeu Saeed Mohammed Abdulla Alblooshi, do Tiro Esportivo paralímpico, por dois anos por cometer uma violação das regras antidoping (ADRV) atentando contra o que está escrito no Código Antidoping do IPC.

 

Em 11 de novembro de 2022, uma amostra de urina foi coletada do atleta no Campeonato Mundial Para Esportivo Al Ain 2022. Os testes laboratoriais revelaram que a amostra continha propranolol e seu metabólito 4 (hidroxipropranolol), uma substância proibida listada na Classe P1 (betabloqueadores) da Agência Mundial Antidoping (WADA).

 

O propranolol é comumente usado para tratar pressão alta, batimentos cardíacos irregulares, ansiedade de desempenho, tremores e para prevenir enxaquecas. É conhecido por ter um efeito de melhoria de desempenho em atletas de tiro e é sempre proibido para paratletas de Tiro Esportivo. 

 

Abdulla Alblooshi, dos Emirados Árabe, não havia solicitado Isenção de Uso Terapêutico (AUT) para uso de propranolol. Após ser notificado do Resultado Analítico Adverso (AAF), ele aceitou uma suspensão provisória voluntária em 6 de fevereiro de 2023. Em 26 de abril Abdulla foi acusado da ADRV de acordo com o Código IPC. O IPC não estabeleceu que a violação tenha sido intencional, sendo assim, o IPC argumentou que o período de inelegibilidade aplicável deveria ser de dois anos.

 

Ele não contestou a AAF ou a acusação de estar tomando propranolol, mas buscou a redução do período de Inelegibilidade, com base no fato de não ter sido culpado ou negligente para a violação. O paratleta baseou-se principalmente na sua falta de compreensão dos requisitos do Código IPC, e que não tinha intenção de usar propranolol para fins de melhoria de desempenho. 

 

Uma audiência do Tribunal Independente Antidoping do IPC foi realizada em 26 de outubro de 2022 e decidiu que o paratleta não deveria ter direito a essa redução, concluindo que não foi cumpriu-se as precauções para garantir que seus medicamentos não continham a substância proibida. Este é um requisito mínimo para garantir que o paratleta não esteja tomando nenhum medicamento que esteja na Lista Proibida.

 

Como resultado da ADRV, o atleta ficará inelegível para competições e outras atividades esportivas (que não sejam programas de educação ou reabilitação antidopagem aprovados) por um período de dois anos, de 6 de fevereiro de 2023 a 5 de fevereiro de 2025, tendo em conta o período de suspensão provisória cumprida. 

 

Todos os resultados obtidos pelo atleta de 11 de novembro de 2022 até 6 de fevereiro de 2023 foram desclassificados com todas as consequências daí decorrentes, incluindo perda de quaisquer medalhas, pontos e prêmios. 

 

Jude Ellis, Chefe de Antidoping do IPC, disse: "Este caso serve como um lembrete oportuno de que os atletas devem estar cientes de seus direitos e responsabilidades sob o Código do IPC. Isso inclui a responsabilidade por qualquer coisa que eles tomem ou usem que possa levar a um resultado positivo em teste".

 

Como signatário do Código Mundial Antidopagem, o IPC continua comprometido com um ambiente esportivo livre de dopagem. Embora o IPC continue a encontrar maneiras de apoiar a educação antidopagem em nível local, os atletas são lembrados de que é sua responsabilidade pessoal solicitar uma AUT o mais rápido possível, estar cientes da Lista Proibida, conhecer e cumprir as o Código IPC e assumir total responsabilidade pelo que tomam.


0 Comentários

.

APOIE O SURTO OLÍMPICO EM PARIS 2024

Sabia que você pode ajudar a enviar duas correspondentes do Surto Olímpico para cobrir os Jogos Olímpicos de Paris 2024? Faça um pix para surtoolimpico@gmail.com ou contribua com a nossa vaquinha pelo link : https://www.kickante.com.br/crowdfunding/ajude-o-surto-olimpico-a-ir-para-os-jogos-de-paris e nos ajude a levar as jornalistas Natália Oliveira e Laura Leme para cobrir os Jogos in loco!

Composto por cinco editores e sete colaboradores, o Surto Olímpico trabalha desde 2011 para ser uma referência ao público dos esportes olímpicos, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.

Apoie nosso trabalho! Contribua para a cobertura jornalística esportiva independente!

Digite e pressione Enter para pesquisar

Fechar