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Rafaela Zanellato vê Pan e circuito mundial como parâmetro para as Yaras no "tudo ou nada" de Paris 2024

CBRu/Divulgação



A Seleção de Rubgy sevens feminino está garantida em sua terceira olimpíada seguida. E o clima para os Jogos de Paris a expectativa é a melhor possível para uma seleção que renova a cada ciclo e demonstra evolução. E para uma das craques das Yaras - apelido da seleção brasileira - Rafaela Zanellato, crê que o principal termômetro de o quão longe elas chegarão na olimpíada serão as grandes competições que elas disputarão, principalmente o circuito mundial. 

Em entrevista exclusiva para o Surto olímpico, a atleta exaltou a importância da seleção não cometer erros na olimpíada de Paris e como as competições antes da Olimpíada ajudarão as Yaras a se refinarem coletivamente para os jogos:

"Torneio de alto nível é assim, um erro seu e já era, vence quem erra menos. E a gente poder treinar cada detalhe antes, em campo, conta muito e com certeza vai contar em Paris. Porque lá vai ser um final de semana só e vai ser tudo ou nada. E ter um circuito mundial para disputar antes (da olimpíada), vai ser uma das principais coisas que a gente tem que aproveitar, e a gente vai disputar como 'tudo ou nada' para poder ficar no circuito mundial. E isso vai servir como experiência para o 'tudo ou nada' da Olimpíada"

A qualificação olímpica veio no sul-americano, competição que o Brasil domina. E Rafaela, de 23 anos,  revelou que um detalhe sobre a primeira partida do campeonato, contra o Peru: "Manhã, recém chegadas de viagem, muito frio, foi mais difícil. mas conseguimos ganhar. Mas nos jogos seguintes conseguimos nos conectar e vencer por placares bem mais largos. E no final do jogo do Chile a gente já sabia que estava classificado e enfrentamos a Colômbia para mostrar que temos que no continente, a gente tem um time muito bem preparado e uma predominância sobre os outros times."

Rafaela está na expectativa da Olimpíada em Paris, que deverá ser a segunda da sua carreira. tudo pelo fato de poder curtir de forma mais relaxada o clima dos Jogos Olímpicos, sem pandemia ou regras rígidas como foi em Tóquio:

"Quando a gente chegou na Olimpíada, todo mundo de máscara, sem aquela vibe, sem poder ver aqueles atletas que você sonha em ver, sem ter contato com as pessoas, foram coisas que me incomodaram um pouco. A Olimpíada acabou ficando mais burocrática, acabou perdendo aquela magia, mas eu entendo perfeitamente que vivemos tudo aquilo para podermos ter uma Olimpíada de forma segura. E por isso que tô ansiosa para viver essa nova olimpíada nesse momento mais leve. E acredito que as performances em Paris serão muito melhores, pois os atletas estarão mentalmente muito mais saudáveis do que em Tóquio." disse Rafaela, que também disse ter sentido um pouco ter disputado sua primeira olimpíada sem público.


"Você ir para olimpíada e saber que você vai jogar sem público...Para muita gente, ter torcida é ter pressão, mas a gente que é atleta, a gente adora jogar com torcida, a gente adora pessoas gritando por nosso esporte. E tem aquela ansiedade (de jogar com público) que é gostosa, e que traz muito mais aquela sensação de satisfação, aquela endorfina. E jogar sem público (em Tóquio) só tinha a pressão de dar resultado pra treinador e pra mídia e não tinha aquela leveza que a torcida traz normalmente nas partidas. Individualmente falando, eu senti essa questão. "

No planejamento para este último ano pré-olimpíada, as principais competições serão o os jogos Pan-americanos e o remodelado circuito mundial: no Chile, Rafaela espera que a seleção bata de frente com Estados unidos e Canadá e brigue pelo ouro:

"O nosso mínimo é lutar pela medalha de bronze. Mas esse ano a gente vai brigar pela medalha de ouro. O Pan vai ser uma grande preparação para o circuito mundial, principalmente no mental, já que se a gente tiver boas vitórias no Chile isso vai motivar e elevar o ânimo do grupo para o circuito mundial e posteriormente na Olimpíada"

CBRu/Divulgação


Mas antes de Paris, as Yaras terão outra decisão, que é no reformulado circuito mundial, onde a seleção vai ter que brigar para se manter na próxima temporada, já que se o Brasil não ficar entre as oito melhores, as Yaras terão que enfrentar as quatro melhores da segunda divisão em uma repescagem:

"A gente sabe o quanto é importante se manter no grupo mundial do circuito. Poder ter acesso a esse nível de jogo e preparação é de extrema importância para a evolução do nosso time e para o rugby. E também é importante para as novas meninas que estão chegando na seleção conseguirem manter esse patamar e fazer a gente subir cada vez mais no cenário mundial." concluiu.




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