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Nigéria surpreende na Copa do Mundo de Futebol feminino; Replay da última final termina em empate e Portugal ganha

O sétimo dia de Copa do Mundo iniciou com um empate por 1x1 entre Países Baixos e Estados Unidos, nessa que foi a reedição da decisão de quatro anos atrás. Em um jogo disputado e com cada seleção dominando um tempo, o empate acabou colocando ambas as seleções mais perto da classificação. Pelo mesmo Grupo E, Portugal controlou as iniciativas do início ao fim e superou o Vietnã pelo placar de 2x0, voltando à briga. Ainda tivemos a anfitriã Austrália sendo derrotada pela Nigéria por 3x2 em um jogaço e se complicando na busca por uma das vagas do Grupo B à etapa final da Copa.

Grupo B (2ª Rodada) – Austrália 2x3 Nigéria

Foto: AP

As donas da casa até largaram na frente, mas acabariam sendo derrotadas por uma organizada e talentosa Nigéria em confronto realizado em Brisbane. O 3x2 deixa as africanas ao lado do Canadá na liderança do Grupo B (ambas com quatro pontos) e aumenta o drama para as australianas, agora estacionadas com somente três após duas rodadas.

Novamente sem a capitã Sam Kerr, a Austrália teve problemas ofensivos visíveis. Isso por não contar realmente com uma reposição à altura no elenco. Tecnicamente seria impossível, tamanha importância de Kerr para a equipe, mas até mesmo em matéria de características. A alternativa encontrada mais uma vez foi a de escalar Caitlin Foord por ali.

Já a Nigéria contou com o retorno de Halimatu Ayinde, peça fundamental para equilibrar o centro do campo. Entretanto, a Austrália encontraria espaços e começaria a partida pressionando. Aos 12 minutos, Steph Catley bateu forte de pé esquerdo e obrigou Chiamaka Nnadozie a realizar boa defesa. Pouco tempo depois, Foord tentou chute colocado e a bola passou triscando o poste nigeriano.

O 1x0 nasceria somente aos 46 minutos. E com Caitlin Foord dentro de suas características de movimentação, aparecendo pelo lado esquerdo e encontrando Emily van Egmond dentro da área. A substituta de Mary Fowler bateu fraco na bola, mas com a direção suficiente para impedir a defesa de Nnadozie. Porém, logo viria o empate.

Aos 50’, Rasheedat Ajibade aproveitou muito bem o espaço deixado por Ellie Carpenter e arrancou. Após chegar até a área, a atacante do Atlético de Madrid até viu seu chute sendo bloqueado pela defensora rival, mas a bola sobraria limpa para Uchenna Kanu. Com liberdade, a nigeriana somente desviou de Mackenzie Arnold.

A movimentada e aberta etapa final consolidaria a histórica vitória das africanas. E tudo começou com Osinachi Ohale, que aos 20 minutos aproveitou rebote da goleira australiana após lance de bola parada e colocou a Nigéria em vantagem. Oito minutos mais tarde, a craque Asisat Oshoala fez o 3x1 ao aproveitar indecisão de Alanna Kennedy e a goleira das donas da casa.

O grande nome do conjunto africano teve a tranquilidade de driblar Mackenzie Arnold antes de calmamente estufar as redes australianas. O detalhe é que Oshoala havia participado também do lance do 2x1, quando foi a responsável por conseguiu o escanteio que poucos instantes mais tarde terminaria em gol.

Outro destaque das vencedoras foi Tony Payne, que atuou centralizada e conseguiu bons passes às companheiras. Além disso, ela mostrou-se veloz o suficiente para puxar contra-ataques quando necessário. A Austrália ainda diminuiria o marcador para 3x2 na base do abafa, com uma zagueira (Kennedy) atuando no ataque e a equipe buscando enlouquecidamente cruzamentos à área.

E foi justamente de Alanna Kennedy o gol de honra, após cobrança de escanteio aos 55 minutos da etapa final e que já contava até mesmo com o posicionamento avançado da goleira na busca por auxiliar o setor de ataque. Porém, era tarde demais. Apesar de Nnadozie praticar mais duas defesas importantes, o empate não viria.

Se quiser classificar, a Austrália precisará vencer o Canadá na última rodada. Existe a possibilidade de Sam Kerr estar disponível para o confronto, marcado para ocorrer na próxima segunda-feira (31) a partir das 7h em Melbourne. No mesmo dia e no mesmo horário, a Nigéria confirma o avanço ao mata-mata caso empate com a já eliminada Irlanda em Brisbane. Uma vitória pode colocar a equipe africana até mesmo na liderança da chave.

Grupo E (2ª Rodada) – Estados Unidos 1x1 Países Baixos

Foto: Jenna Watson (USA Today Sports)

Estados Unidos e Países Baixos ainda disputam a primeira fase, mas fizeram um confronto digno de decisão na manhã de quinta-feira em Wellington. O empate por 1x1 foi movimentado e disputado no mais alto nível técnico, oferecendo aos espectadores uma partida emocionante e com constantes mudanças de predomínio em campo.

A etapa inicial foi toda das europeias, que conseguiram fazer excelentes 45 minutos mesmo sem poder contar com Lineth Beerensteyn. Lesionada, a atacante da Juventus seria desfalque para esse segundo compromisso após sentir um problema no tornozelo no confronto diante de Portugal. Muito desse bom futebol apresentado se deve a Lieke Martens, muito ativa.

Seria dela a jogada individual que quebraria a marcação individual das estadunidenses. A atacante acharia Victoria Pelova pelo lado direito, que com um passe inteligente deixou a bola à feição de Jill Roord na entrada da grande área. A meio campista bateu rasteiro e cruzado, abrindo o marcador a favor de Países Baixos aos 17 minutos.

Mais do que sair na frente, o que chamou a atenção foi a eficiência da equipe no momento sem a bola. O trio de zagueiras se sobressaiu sobre o forte ataque dos Estados Unidos, enquanto as alas eram nomes cruciais na marcação e também no apoio quando necessário. Em resumo: foi uma atuação de luxo e quase sem sustos das europeias na etapa inicial.

Porém, as coisas mudariam para o segundo tempo. E muito pela entrada de Rose Lavelle, que mesmo não estando nas melhores condições físicas adicionou mais movimentação e qualidade em passes a partir do meio campo. Seria dela a cobrança de escanteio que geraria o gol marcado por Lindsey Horan aos 17 minutos.

A partir daí, as atuais bicampeãs do mundo tomaram as rédeas do confronto. Nem tanto pelo alto nível na articulação ofensiva, mas pela imposição individual das atletas e também a qualidade dessas para dribles e velocidade. Trinity Rodman e Sophia Smith foram mais participativas e pegavam a bola de frente para as zagueiras, tornando o ataque mais perigoso.

Apesar dos escanteios obtidos, dos cruzamentos à área e de obrigar Daphne van Domselaar a deixar a meta para realizar boas interceptações, o gol da virada não viria. E tampouco o gol da nova vantagem neerlandesa, visto que a seleção raramente organizou-se no campo rival com posse de bola e acionando suas talentosas alas.

O ponto conquistado deixa ambas as seleções em boas condições de classificação dentro do Grupo E. Basta que as duas vençam seus compromissos finais na próxima terça-feira (01) para que assegurem as duas vagas nas oitavas de final. Os Estados Unidos enfrentam Portugal em Auckland, enquanto Países Baixos duelam contra o Vietnã em Dunedin. Ambos os jogos iniciam às 4h.

Grupo E (2ª Rodada) – Portugal 2x0 Vietnã

Foto: Abbie Parr (AP)

Uma das duas seleções estreantes do grupo fez história em Hamilton. Portugal bateu o Vietnã pelo placar de 2x0 em Hamilton e conquistou três pontos inéditos na competição. Ambos os gols saíram no espaço dos 21 minutos iniciais, o que serviu para tranquilizar o conjunto de Francisco Neto para o decorrer da partida.

Por outro lado, a nova derrota acabou com qualquer chance de classificação do combinado vietnamita. A equipe mais uma vez focou seu desempenho na tentativa de marcar bem e de forma organizada em seu setor de defesa, apostando especialmente em lances de contra-ataque para surpreender o favorito time europeu.

Portugal abriu o placar logo aos sete minutos. Após boa troca de passes pelo lado direito, Lúcia Alves efetuou um cruzamento preciso em direção à área. Telma Encarnação, novidade no time titular, surgiu livre para bater de primeira e acertar o ângulo esquerdo de Trần Thị Kim Thanh. Antes do gol, Jéssica Silva e Kika Nazareth já haviam perdido boas oportunidades.

E o conjunto luso continuou pressionando. Tatiana Pinto acertou a trave aos 14’, dois minutos após a goleira vietnamita praticar boa defesa em finalização de Lúcia Alves. Com uma postura muito ofensiva, era comum Portugal colocar suas meio campistas em um espaço bastante próximo ou até mesmo dentro da área.

Aos 21 minutos, viria o 2x0. Desta vez Telma Encarnação foi responsável pela precisa assistência à Kika Nazareth, que invadiu a área e tirou de Trần Thị Kim Thanh com um chute cruzado e preciso. Até aquele momento, o Vietnã não havia ameaçado ainda a meta de Patrícia Morais. Isso somente aconteceria nos minutos finais da etapa, em chute de Nguyễn Thị Bích Thùy de fora da área.

E as coisas com certeza teriam sido piores para o time asiático se não fosse a nova grande atuação de Trần Thị Kim Thanh. Destaque absoluta na partida contra os Estados Unidos, a goleira novamente executou um alto número de defesas e intervenções, impedindo que sua seleção sofresse uma goleada nesse que foi um jogo controlado pelas europeias do começo ao fim.

Portugal acertaria a trave em duas oportunidades na segunda etapa e ainda pediria um pênalti sobre Jéssica Silva em lance onde a atacante estava em claras condições de marcar o terceiro gol quando sofreu um contato da ala-esquerda Hoàng Thị Loan dentro da área. Apesar das reclamações lusas para uma interferência do árbitro de vídeo, nada seria marcado.

Na rodada derradeira, Portugal precisará vencer os Estados Unidos em Auckland para alcançar a classificação à segunda fase. A partida está marcada para ocorrer às 4h da próxima terça-feira (01). No mesmo dia e no mesmo horário, o Vietnã cumpre tabela diante de Países Baixos, em confronto que ocorre em Dunedin.

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