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Brasil busca manter a longa hegemonia no Sul-Americano de Atletismo

Foto da prova dos 100m antes da largada
Foto: Wagner Carmo/CBAt


Com a disputa de 14 finais – sete pela manhã e sete à tarde - começa nesta sexta-feira (28/7) o Campeonato Sul-Americano de Atletismo, no estádio do Centro Olímpico de Treinamento e Pesquisa, na Vila Clementino, em São Paulo. A competição, que vai definir a delegação brasileira para o Mundial de Budapeste, na Hungria, de 19 a 27 de agosto, terminará no domingo (30/7). Todas as provas serão transmitidas ao vivo numa parceria entre o Canal Olímpico do Brasil, do COB, e a TV Atletismo Brasil, da CBAt. A entrada é gratuita para o público.

A primeira final do evento será os 10.000 m feminino (às 8 horas), seguida dos 10.000 m masculino (9:20). Estão previstas ainda as finais do salto com vara, lançamento do martelo, 1.500 m, salto triplo e os 100 m rasos – todas no feminino e no masculino –, além do arremesso do peso feminino e do 4x400 m misto.

As decisões mais esperadas do primeiro dia de disputas, como sempre, são as dos 100 m. No feminino, as brasileiras Lorraine Martins e Vitória Rosa estão entre as favoritas. Elas ocupam a segunda e a terceira colocações respectivamente no Ranking Sul-Americano, com 11.16 (0.6) e 11.18 (-0.1). A líder é a equatoriana Ângela Tenório, ex-recordista continental da prova e a primeira a baixar dos 11 segundos. Ela tem 11.12 (1.0) como melhor resultado deste ano.

Eleita a melhor atleta do Troféu Brasil Interclubes Loterias Caixa, realizado de 6 a 9 de julho, em Cuiabá, Lorraine guarda suas melhores expectativas para os 200 m. “Quero muito melhorar meu tempo nos 100 m (10.16), mas o meu grande objetivo é alcançar o índice para os Jogos Olímpicos de Paris-2024 nos 200 m”, disse a velocista carioca, de 23 anos, já qualificada para o Mundial de Budapeste nesta prova.

Nos 100 m masculino, os representantes brasileiros são Erik Cardoso e Paulo André Camilo de Oliveira, que conquistou em Cuiabá o sexto título do Troféu Brasil, mesmo tendo ficado um ano e seis meses afastado das competições por participar do reality BBB-2022, da TV Globo.

Erik lidera o Ranking Sul-Americano ao lado do também brasileiro Renan Gallina, com 10.01, enquanto Paulo André está na sétima colocação, com 10.15, tempo obtido com a vitória em Cuiabá. “Disputei apenas duas competições desde a minha volta e tive uma lesão, que atrapalhou, mas minhas expectativas são as melhores. Quero melhorar individualmente e o revezamento vai ser uma prova muito importante porque é o único teste para o Mundial”, comentou Paulo André.

Entre os estrangeiros, um dos destaques é o norte-americano, com passaporte de Suriname, Issamade Asinga, um velocista de apenas 18 anos, que tem chamado muito a atenção. Ele tem este ano 10.10 (1.0), nos 100 m, e 19.97 (1.3) nos 200 m. Asinga, assim como Paulo André, já correu abaixo dos 10 segundos - 9.86 e 9.83, mas com vento acima do permitido.

Outro destaque estrangeiro é o colombiano Anthony Zambrano, de 25 anos, que conquistou as medalhas de prata nos 400 m nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2021 e no Mundial de Doha-2019. Recordista Sul-Americano, com 43.93, ele compete em São Paulo de olho no índice para o Mundial de Budapeste e a Olimpíada de Paris (45.00). O melhor tempo dele este ano é de 45.52.

Os representantes brasileiros nesta prova são Lucas da Silva Carvalho e Maxsuel dos Santos Santana, que tem os melhores tempos pessoais de 45.10 e 45.75, respectivamente. O líder do Ranking Sul-Americano é o paulista Alison dos Santos, com 44.73. Campeão mundial dos 400 m com barreiras, em Eugene, em 2022, Alison está treinando na Turquia para o Mundial de Budapeste.

Até nesta quinta-feira (27/7), quando estava prevista a reunião presencial sobre a competição, em São Paulo, o Sul-Americano tinha a inscrição de 394 atletas de todos os 13 países do continente: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Panamá, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.

O Brasil manteve a sua longa hegemonia na história do Campeonato Sul-Americano Adulto de Guayaquil-2021, no Equador. A seleção brasileira conquistou a 33ª vitória na categoria masculina em 52 edições, tendo alcançado a 24ª consecutiva. No feminino, em 41 competições na história, as brasileiras ganharam também a 33ª - a 25ª em seguida.

No total, em cinco etapas da competição, disputada no Estádio Modelo Alberto Spencer, o Brasil somou 470 pontos, sendo campeão também no masculino com 246 pontos e no feminino com 224. A Colômbia ficou em segundo lugar na classificação geral, com 275 pontos (119 e 156), seguida do Equador, com 161,5 (73,5 e 88). A equipe fechou o último torneio, com 49 medalhas (26 de ouro, 11 de prata e 12 de bronze).

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