A tricampeã olímpica do lançamento do martelo, Anita Wlodarczyk, disse que segue esperando que a recomendação
do Comitê Olímpico Internacional (COI), de permitir que atletas russos e belarrussos
retornem às competições internacionais, mude. A polonesa classificou a decisão
como “dolorosa”.
O
COI sancionou a Rússia e Belarus após a invasão da Ucrânia pelos russos em
fevereiro de 2022, mas na semana passada recomendou que estes atletas pudessem
competir internacionalmente como neutros.
"Não
deveríamos estar pensando nessas coisas. Deveria ser uma mensagem de cima para
baixo de que os atletas de ambos os países não deveriam competir",
acrescentou Wlodarczyk, de 37 anos, que participará de uma cerimônia de entrega
da tocha olímpica antes dos Jogos Europeus de 21 de junho a julho em Cracóvia.
"Não
consigo imaginar que um atleta da Ucrânia competiria em uma competição com um
atleta da Rússia, porque não é apenas estressante e emocional, mas também há
problemas psicológicos, e é algo terrível, terrível. Ainda vou manter minha posição
de que eles devam ser excluídos (de todas as competições internacionais)",
disse Wlodarczyk.
Os
Jogos Europeus de 2023 decorrerão sem a participação de atletas da Rússia e da
Bielorrússia. “Certamente não é fácil porque a política também entra aqui, e
sempre dissemos que o esporte deveria ser separado da política, e vemos que
aqui não é o caso. Espero que esta decisão mude nos próximos meses e que os
russos e belarrussos não sejam autorizados a entrar", completou Wlodarczyk.
O
primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, classificou a recomendação do
COI de "vergonhosa".
A
Dinamarca cancelou um evento internacional anual de esgrima em
Copenhague na semana passada devido à participação de atletas russos e de
Belarus, enquanto a Alemanha cancelou um evento feminino da Copa do Mundo de
esgrima pelo mesmo motivo.
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