Foto: JUNG Yeong-je/AFP |
Tandara Caixeta, que foi condenada pelo (Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem) TJDAD a quatro anos de suspensão por doping, pelo uso de Ostarina, estaria agindo de má fé, segundo a Justiça de São Paulo. Para o tribunal, a ex-jogadora estaria tentou culpar a farmácia de manipulação pela presença de ostarina, em atualização do caso divulgado pela coluna Olhar Olímpico do UOL nesta sexta-feira (3).
Segundo Tandara, o remédio fitoterápico que comprou em uma farmácia de São Paulo, estaria contaminado com Ostarina, substância proibida no âmbito esportivo e que possui comercialização restrita no Brasil.
O fator que complica a teoria da defesa de Tandara é que não existem provas que que a farmácia teria manipulado. Também pesa contra o fato dos laboratórios que trabalham com fitoterápicos e anabolizantes serem de naturezas distintas, o que torna bem improvável uma contaminação.
"Não existe o mínimo indício de que a ré teria, acidentalmente, manipulado o produto. Os documentos apresentados pela ré, emitidos pela vigilância sanitária, apontam que sua licença é apenas para produzir fitoterápicos", diz trecho da sentença do juiz Mario Sergio Leite, divulgado pela coluna.
Marcelo Franklin, advogado de Tandara, já conseguiu vitórias na justiça antidoping com a defesa de que, se um suplemento enviado para análise da justiça antidopagem estava contaminado com uma substância X, é provável que o suplemento também estivesse contaminado, alterado. No caso em questão, com osatrina.
A Associação Nacional de Farmacêuticos Magistrais (Anfarmag) já afirmou há tempos que essa contaminação cruzada em produtos e medicamentos é "uma hipótese extremamente improvável"
Com informações do Olhar Olímpico do UOL, de Demétrio Vecchioli
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