A estreia da seleção brasileira feminina na Copa do Mundo de Rugby Sevens, no dia 9 de setembro, contra a Irlanda, terá um ingrediente a mais: o uniforme exclusivo para a competição que as jogadoras brasileiras ajudaram a criar para reforçar a identidade da seleção e seu compromisso com a diversidade cultural do país.
Em maio de 2021, as Yaras lançaram sua nova identidade com uma mulher indígena no escudo para enaltecer tanto a tradição da cultura indígena quanto o espírito guerreiro das mulheres. A partir desse marco, a geração atual das Yaras cada vez mais se debruça sobre os temas que dizem respeito à equidade de gênero, o empoderamento feminino no esporte e a defesa das várias etnias e culturas que coexistem em nosso território.
Para traduzir este pensamento coletivo em constante transformação, as Yaras foram buscar o parceiro que as ajudou a criar a nova identidade no ano passado, o designer paulista e também jogador de rugby Liam Piacente. Ele conta como o grupo se inspirou nos feitos das jogadoras do passado e nas referências da nova geração.
“As jogadoras me procuraram para transpor as ideias delas, para criar um uniforme que refletisse o que elas entendem como identidade brasileira. Cores, fauna, flora, marcos, felicidades e um pouquinho do que cada uma das Yaras traz de cada pedaço do Brasil. Mesmo sendo difícil misturar isso tudo, foi usado um estilo simplista de pintura a mão. Como se cada uma delas pudesse ter desenhado aquelas linhas e formas”, explica o designer Liam Piacente, parceiro da seleção brasileira em outras criações.
“Foi importante para todo o grupo participar desse processo. Criar algo que identificasse que são as Yaras representando a diversidade cultural do Brasil. Buscamos colocar traços que fizessem sentido para cada uma de nós que fez e faz parte dessa bela história que é o rugby feminino brasileiro. Estamos orgulhosas de vestir a camisa da seleção, de poder participar da construção deste legado para o esporte nacional”, comentou Luiza Campos, capitã das Yaras, eleita a Melhor Jogadora do último Sul-americano vencido pela seleção brasileira, o vigésimo do currículo.
Foto: Divulgação
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