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Atletismo e Triatlo dão mais três ouros para o Brasil em Rosário 2022


O atletismo e o triatlo do Brasil conquistaram na quinta-feira (5) mais três ouros para o país nos Jogos Sul-Americanos da Juventude, que estão sendo realizados em Rosário (ARG).

A paulista Vanessa Sena dos Santos, de 16 anos, confirmou o favoritismo e venceu o salto em distância, com 6,23 m. O torneio de atletismo prossegue até domingo. No primeiro dia de provas, o Brasil ainda conquistou a prata no lançamento do dardo com Arthur Curvo e o bronze no salto em distância com Davi Santos.

Vanessa não chegou a sua melhor marca - no Brasileiro Sub-20, realizado em abril, venceu o salto em distância, com 6,35 m , novo recorde brasileiro sub-18. "Achei a prova boa, mas poderia ter ido melhor. Queria fazer o meu PB, mas não foi dessa vez. Mas consegui o lugar mais alto do pódio, a experiência, que vale e é bola para a frente e melhorar nas próximas", disse a atleta. "É muito importante essa competição. Estou muito feliz. É muito legal, eu estou conhecendo atletas de outras modalidades", acrescentou.

A chilena Matilde Tejos ficou com a medalha de prata no salto em distância (5,80 m, 1.5), e a argentina Victoria Zanolli com a de bronze (7,75 m, 1.8).

Vanessa tem três índices para o Campeonato Mundial Sub-20 de Cáli (COL), de 1 a 6 de agosto. No salto em distância, com os 6,35 m do Brasileiro Sub-20, e nos 200 m, com 24.03 (0.8), também na final da mesma competição. No Torneio Internacional São Paulo (27/4), entre adultos, correu os 100 m em 11.82 (-0.8) - bateu a marca de 11.90 fixada como mínima pela World Athletics.

Triatlo leva dois ouros


O triatlo brasileiro brilhou na manhã da quinta-feira. Assim como na prova feminina, com Julia Munhoz, o Brasil também conquistou a medalha de ouro dos Jogos Sul-americanos da Juventude entre os homens. Vinícius Santana, em 55min43s, foi o primeiro colocado no percurso de 20 km de ciclismo e 7,5km de corrida. A natação foi cancelada devido à baixa temperatura da água do lago do Parque da Independência. A medalha de prata ficou com Juan Tacuri, do Equador, e o bronze com Luciano Carrizo. Agora, o Brasil tem 101 medalhas na competição, sendo 47 ouros, 29 pratas e 25 bronzes.

A medalha de ouro nos Jogos Sul-americanos é o primeiro grande resultado internacional de Vinícius. “É muito importante saber que estou aqui nos Jogos podendo inspirar outros jovens brasileiros e é ótimo conseguir um resultado como esse para o nosso país. É a minha primeira competição internacional, é muito legal estar com pessoas de outros países e espero estar aqui mais vezes. Tive muito tempo de treinamento, ainda mais com a pandemia, e quando chegou a oportunidade eu estava preparado”, destacou o paranaense de 17 anos.

O brasileiro liderou a prova do começo ao fim e detalhou a estratégia vencedora. “A prova foi muito dura. A estratégia foi fazer força na primeira volta, tentar segurar ao máximo no ciclismo e na última corrida dar tudo para conseguir o resultado. Acabou que fiquei sozinho no ciclismo e tive que fazer força do começo ao fim”, explicou Vinicius, que teve a companhia do seu pai na torcida em Rosário. Ele viajou de carro de Curitiba até a Argentina.

Julia Munhoz levou o ouro no feminino, fechando o percurso disputado no sistema de duatlo (ciclismo e corrida) em 1h0s7. A prata ficou com Camila Bravo, do Equador, e o bronze com Dominga Espinoza, do Chile. A outra brasileira na prova, Sophia Gomes, terminou em 11º.

“É muito gratificante representar o Brasil nestes Jogos. Esse resultado só mostra que o trabalho que venho fazendo está valendo a pena. Agradeço muito a toda minha equipe, que vem fazendo um excelente trabalho. Estou muito animada e feliz, é um próximo passo que só me deixa confiante para as próximas provas”, celebrou a atleta de 17 anos.

Julia esteve desde o início da prova no pelotão da frente. Ao lado da equatoriana e da chilena, se distanciou das outras competidoras e manteve o ritmo até o final. Na última volta do circuito, localizado no Parque da Independência, a brasileira se desgarrou das adversárias para vencer e garantir a centésima medalha do Brasil em Rosário.

“Os primeiros 2,5km de corrida eu fiz forte, mas controlado, e sai pedalando na frente com as outras duas meninas. Aí ficamos revezando rodas. Na última corrida, controlei, e na volta final eu dei tudo que tinha. Acabou funcionando”.

Em virtude da baixa temperatura da água, não houve a disputa da natação. Assim, a prova foi iniciada com uma corrida de 2,5km, seguido de 20km de ciclismo e mais 5km de corrida para fechar.

“Fiquei triste por não ter a natação, que é uma das minhas modalidades mais fortes, mas tive que virar a chave. Não havia muito o que fazer, só aceitar e pensar numa nova estratégia. Fiz uma primeira corrida controlada, administrei na bicicleta e dei tudo que tinha no final. Sabia que ia dar certo porque estava com uma corrida muito confiante”, contou Julia.

Foto: William Lucas/COB

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