A cerimônia das medalhas da patinação artística por equipes, programada para esta terça (8), não aconteceu após a patinadora russa de apenas 15 anos, Kamila Valieva, testar positivo para trimetazidina, segundo fontes russas. O Comitê Olímpico Russo alega que a substância não altera o desempenho do atleta.
Segundo a ISU (União Internacional de patinação), o teste foi realizado antes dos Jogos. Por ser menor de 16 anos, Valieva não pode responder como responsável por uma suposta violação das regras antidoping e nem ser identificada. A trimetazidina é usada para prevenir ataques de angina e é do grupo dos medicamentos vasodilatadores.
A adolescente foi fundamental para a conquista do ouro pela equipe russa, liderando no programa curto e no livre. Ela conseguiu fazer um salto quádruplo duas vezes no programa livre, se tornando a primeira atleta a conseguir o feito em Jogos Olímpicos.
Valieva durante o programa livre na final da competição por equipes (Foto: David Phillip/AP) |
O COI (Comitê Olímpico Internacional) e o comitê russo não se pronunciaram sobre o assunto. Valieva, Mark Kondratiuk e a dupla Anastasia Mishina e Aleksandr Galliamov, não apareceram para os seus treinamentos nesta quarta.
A WADA (Agência Internacional Anti-Doping) diz que para uma substância ser proibida, ela deve atender a dois destes três itens: aumento na performance, risco a saúde do atleta e violação do espírito esportivo. Com a alegação da delegação russa, o primeiro item já estaria riscado, resta saber, qual era o motivo para a atleta tomar uma medicação para o coração.
Estados Unidos e Japão, prata e bronze respectivamente, aguardam o desenrolar da situação, que segundo a Federação Russa de patinação, pode ser resolvido já na quinta. Entre as punições possíveis, estão desclassificação da Rússia e a exclusão de Valieva da competição individual.
Lembrando, que a Rússia compete com a bandeira do Comitê Olímpico Russo, devido ao esquema de doping realizando com a ajuda do governo russo, durante os Jogos de Sóchi-2014.
Foto: Aleksandra Szmigiel/ Reuters
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