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Atletas são recomendados a não falar sobre direitos humanos durante os Jogos de Inverno


O Observatório de Direitos Humanos (Human Rights Watch) recomendou em seminário realizado nesta terça (18), que os atletas evitem falar sobre o tema durante os Jogos Olímpicos de inverno Pequim-2022, por questões de segurança. 


Atualmente, a China é criticada pelo tratamento a etnia uigur, uma minoria muçulmana. Os Estados Unidos fez denúncias em 2020, de crimes contra os direitos humanos aos uigures e acusou o país de construção de campos de concentração para segregá-los. O governo chinês nega as acusações.


Essa situação levou a um boicote diplomático liderado pelos norte-americanos, aderido por Austrália, Grã-Bretanha e Japão.


"Estamos aconselhando os atletas a não falarem. Queremos que eles compitam e usem a voz quando chegarem em casa.", disse Rob Koehler, diretor geral do grupo Global Athlete, no seminário


"As pessoas podem ser acusadas de provocar brigas ou causar problemas. Há todos os tipos de crimes que podem ser considerados como comentários pacíficos e críticos.", completou o pesquisador da Human Rights Watch, Yaqiu Wang.



Noah Hoffman, esquiador de cross-country que representou os EUA nos Jogos de Inverno de 2014 e 2018, disse que a equipe americana está sendo protegida de questões sobre direitos humanos.


"Nós nunca deveríamos ter que proteger os atletas de falar sobre questões que eles acham que são realmente importantes. Minha esperança para os atletas de lá é que eles fiquem em silêncio porque não apenas serão processados ​​pelas autoridades chinesas, mas também podem ser punidos pelo COI".


A punição da entidade máximo do movimento olímpico seria baseada na regra 50 da Carta Olímpica afirma que "nenhum tipo de manifestação ou propaganda política, religiosa ou racial é permitida em qualquer local olímpico, instalações ou outras áreas".


Foto: Thomas Peter/ Reuters

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