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Morre Miguel de Oliveira, segundo brasileiro a se tornar campeão mundial de boxe




O boxe está de luto. Morreu nesta sexta (15) o ex-pugilista Miguel de Oliveira, campeão mundial de boxe em 1975, segundo brasileiro na história a conseguir tal feito. Miguel sofria com um câncer de Pâncreas e morreu por consequências da doença, aos 74 anos.


Após iniciar no Boxe após ver Eder Jofre ser campeão mundial em 1960, Miguel se destacou rapidamente na categoria médio ligeiro. Como amador, perdeu na disputa do bronze nos jogos Pan-americanos de Winnipeg em 1967 e após ficar de fora da convocação para a Olimpíada de 1968 na Cidade do México, se profissionalizou.


E entre os profissionais, sua carreira deslanchou de vez, enfileirou vitórias até ganhar a chance de disputar o cinturão do Conselho mundial de boxe (CMB) e da Associação mundial de boxe (AMB) o japonês Wajima Kaishi. O confronto disputado no ginásio metropolitano de Tóquio em 9 de janeiro de 1973 terminou empatado, mas de forma polêmica, já que muitos consideram que  Miguel venceu o confronto por pontos. 


No segundo confronto em 5 de fevereiro de 1974 no mesmo local, o brasileiro acabou derrotado por Wajima. Miguel pediu a revanche e após a recusa do japonês, a CMB retirou o cinturão de Wajima e o brasileiro teve a chance de disputar o título contra o espanhol José Durán em Mônaco em 7 de maio de 1975. Em uma vitória incontestável por pontos após 15 assaltos, Miguel de Oliveira se tornava campeão mundial dos médios-ligeiros do conselho mundial de boxe.  


Miguel só conseguiu defender o título apenas uma vez, sendo derrotado na sua segunda defesa para Elisha Obed das Bahamas. Miguel encerrou a carreira de pugilista em 1980 e começou a de treinador, tendo muito sucesso orientando diversos pugilistas, entre eles Maguila e a sérvia radicada no Brasil Duda Yancovich.


O feito de Miguel levou 24 anos para ser repetido com Arcelino 'Popó' Freitas em 1999, com o título dos Superpenas da OMB (Organização Mundial de Boxe).  Miguel continuou trabalhando como instrutor de boxe em uma academia de boxe até a descoberta do câncer no pâncreas, a três meses atrás. 


foto: Divulgação

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